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Venezuela/governo

Venezuela: Maduro promete resposta “dura” a suposta tentativa de assassinato

O presidente venezuelano, Nicólas Maduro, prometeu uma resposta “dura” à suposta tentativa de assassinato da qual afirma ter sido vítima neste sábado (4). O incidente deixou sete militares feridos, provocando temores sobre uma onda repressiva contra seus adversários

O presidente da Venezuela Nicolas Maduro e sua esposa, Cilia Flores
O presidente da Venezuela Nicolas Maduro e sua esposa, Cilia Flores Miraflores Palace/Handout via REUTERS
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O suposto atentado aconteceu no fim da tarde na avenida Bolívar, durante um discurso comemorativo pelo 81º aniversário da Guarda Nacional venezuelana. Maduro aparecia na televisão quando interrompeu repentinamente sua fala apontando para o céu e dois drones, que estariam carregados de explosivo, segundo o ministro do Interior, Néstor Reverol.

Os dispositivos foram desmantelados com inibidores de sinal. Um deles estava perto da tribuna presidencial. O outro perdeu o controle e se chocou contra um prédio perto da avenida, produzindo uma coluna de fumaça. Depois do incidente, Maduro prometeu ir atrás de todos os responsáveis. “Não haverá perdão”, disse o presidente, que recebeu o apoio das Forças Armadas, que continuam mobilizadas para mantê-lo no poder.

Um misterioso grupo rebelde, o Movimento Nacional Soldados de 'Franelas' (camisas), reivindicou o ataque, segundo um comunicado divulgado por uma jornalista de oposição radicada nos Estados Unidos. O grupo afirma ser integrado por militares e civis. Um vídeo divulgado pelo governo mostra o momento em que uma explosão é ouvida e os seguranças de Maduro, que fazia um discurso, o cobrem com um colete à prova de balas.

Maduro acusa presidente colombiano

Maduro atribuiu o ataque à "ultradireita", como se refere à oposição, e ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos. "Trata-se de um atentado para me matar, tentaram me assassinar no dia de hoje. Não tenho dúvidas de que o nome de Juan Manuel Santos está por trás deste atentado", afirmou Maduro.

O presidente Santos passará o poder na próxima terça-feira (7) ao vencedor das recentes eleições presidenciais, o político de direita Iván Duque, crítico de Maduro. Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia classificou as acusações de "absurdas".

"EUA financiaram ataque”, acusa Maduro

Maduro garantiu que os "financiadores" do plano são os Estados Unidos. "Posso afirmar categoricamente que não houve absolutamente nenhuma participação do governo americano, afirmou neste domingo o conselheiro de Segurança Nacional de Trump, John Bolton.

"Se o governo venezuelano dispõe de informações sólidas, as trataremos com seriedade, mas, enquanto isso, deveríamos nos concentrar na corrupção e na opressão do regime na Venezuela”, acrescentou Bolton. Ele insinuou que o ataque poderia ter sido "um pretexto montado pelo próprio regime".

O presidente venezuelano determinou que os militares permaneçam em "alerta máximo" e redobrem a Inteligência na fronteira com a Colômbia. Os governos de Cuba, Bolívia, Síria, Irã, Turquia e Rússia - aliados do governo socialista -condenaram o incidente.

(Com informações da AFP)

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