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Eleições

EUA: democratas conquistam Câmara e republicanos reforçam maioria no Senado

Os democratas alardearam uma onda azul e liberal para as eleições legislativas realizadas na terça-feira (6), enquanto que os republicanos insinuavam que poderia haver uma onda vermelha, que fortaleceria ainda mais os conservadores em Washington. Mas as urnas apontaram para uma onda roxa, ou seja, resultados mistos e nada sensacionais para nenhum dos dois partidos.

Eleitores republicanos comemoram, ao lado do senador Rick Scott (à esquerda), e democratas celebram a vitória na Câmara dos Representantes (à direita).
Eleitores republicanos comemoram, ao lado do senador Rick Scott (à esquerda), e democratas celebram a vitória na Câmara dos Representantes (à direita). REUTERS
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Ligia Hougland, correspondente da RFI em Washington

Os democratas conquistaram o controle da Câmara dos Deputados, enquanto os republicanos mantiveram a maioria no Senado, ou seja, o poder na capital americana ficará mais equilibrado. 

As eleições legislativas de meio de mandato presidencial são um termômetro do nível de satisfação dos americanos com a Casa Branca, servindo de primeiro indício para a próxima eleição presidencial. Os resultados mistos estão sendo interpretados por republicanos e democratas conforme melhor lhes convêm. 

Os republicanos dizem que a oposição feroz a Brett Kavanaugh, o juiz conservador nomeado por Trump para a Suprema Corte, que incluiu até acusações falsas de comportamento sexualmente agressivo e indevido por parte do jurista, causou repúdio aos democratas e garantiu que o Senado permanecesse com os conservadores. 

Já os democratas dizem que a retomada do poder na Câmara prova que o sucesso da economia americana favorece mais Wall Street e as grandes corporações do que o trabalhador de classe média. Ambos os partidos reconhecem que os americanos continuam divididos quanto a como lidar com imigrantes ilegais. 

"Tremendo sucesso"

O presidente americano, Donald Trump, não hesitou em se gabar do “tremendo sucesso” com a eleição de candidatos por ele apoiados que concorreram e venceram em disputas bastante acirradas, como Ron DeSantis e Rick Scott, que foram eleitos governador e senador pela Flórida, respectivamente.

Outra vitória, embora apertada para os republicanos, foi a reeleição de Ted Cruz, como senador pelo Texas. O antigo rival e atual camarada de Trump derrotou o promissor Beto O’Rourke, apesar da campanha multimilionária do jovem democrata. 

A conquista da Câmara pelos democratas pode atrapalhar a capacidade de Trump governar na segunda metade do seu mandato, já que os democratas podem intensificar os esforços de investigação de sua campanha presidencial de 2016, e até mesmo cogitam um processo de impeachment. 

Ciente disso, o senador e líder republicano, Lindsey Graham já está advertindo os democratas sobre o alto preço que podem ter de pagar, caso realmente se dediquem a combater o presidente em vez buscar um ambiente mais bipartidário no Congresso. “Temos de encontrar um consenso com os democratas na Câmara. Se eles quiserem investigar Trump até a morte e tentar seu impeachment, isso não vai dar certo”, disse o senador da Carolina do Sul.

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