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Peru

Ex-presidente investigado em processo da Odebrecht é impedido de deixar o Peru

A justiça peruana proibiu, neste sábado (17), que o ex-presidente Alan García, de centro-esquerda, saia do país durante 18 meses. Ele é investigado pela Procuradoria no escândalo de pagamento de subornos pela Odebrecht em contratos de obras no país.

O ex-presidente peruano Alan García.
O ex-presidente peruano Alan García. © Reuters
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A decisão foi tomada pelo juiz Juan Carlos Sánchez Balbuena, de um tribunal especial anticorrupção, que acolheu um pedido do procurador José Domingo Pérez, em uma audiência à qual o ex-presidente não compareceu.

O procurador Pérez, especializado em delitos de corrupção, investiga supostas irregularidades na licitação para a construção da linha 1 do metrô de Lima durante o segundo mandato de García (2006-2011). O procurador argumentou que García tentou acelerar a licitação das obras do metrô, e que a proibição da saída do país era necessária para garantir que ele compareça quando for chamado para depoimento, pois mora parte do tempo na Espanha.

O advogado de García, Erasmo Reyna, não rebateu o pedido do procurador, mas alegou que seu cliente cooperou com a justiça, foi um "bom governante", "sobretudo em seu segundo governo" (o primeiro, em 1985-1990, terminou com hiperinflação), e não podia conhecer todas as atividades da Odebrecht.

O Peru é um dos países mais afetados pelo escândalo de corrupção da Odebrecht, que admitiu ter pago US$ 29 milhões em subornos ao longo de três governos peruanos, incluindo o segundo de García.

O ex-presidente social-democrata, investigado por este caso desde março de 2017, desafiou na quinta-feira o pedido da procuradoria, tachando os investigadores de "imbecis". Depois, Garcia moderou o tom e expressou que aceitava a proibição de saída do país, o que evitou que os debates na audiência judicial se prolongassem excessivamente neste sábado.

García, de 69 anos, é investigado por suposta lavagem de dinheiro e conluio agravado em prejuízo do Estado peruano. Se for levado a julgamento, pode ser condenado a 11 anos de prisão.

Com informações de agências internacionais

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