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UE/Venezuela

França, Espanha e Reino Unido reconhecem Guaidó como novo presidente interino da Venezuela

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (4), em uma declaração em rede nacional, que o país reconhecerá o presidente do Parlamento venezuelano, Juan Guiadó, como chefe de Estado interino. A declaração foi seguida pelo reconhecimento do governo britânico e do francês.

Os partidários da oposição participam de uma manifestação contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, Venezuela, em 2 de fevereiro de 2019.
Os partidários da oposição participam de uma manifestação contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, Venezuela, em 2 de fevereiro de 2019. REUTERS/Adriana Loureiro
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Sánchez pediu que sejam organizadas novas eleições presidenciais na Venezuela. O Reino Unido anunciou seu posicionamento pelo Twitter pouco depois. "Nicolas Maduro não organizou novas eleições no prazo de oito dias que havíamos determinado. O Reino Unido e seus aliados europeus reconhecem @jguaido como presidente constitucional até que novas eleições possam ser realizadas”, escreveu o ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt.

O presidente francês, Emmanuel Macron, também anunciou que a França reconhece Guiadó como presidente interino. "Os venezuelanos tem o direito de expressar livremente e democraticamente", escreveu o chefe de Estado francês, em espanhol, em sua conta no Twitter. "A França reconhece Guiadó como presidente encarregado de organizar um processo eleitoral. Apoiamos o grupo de contato, criado com a UE, neste período de transição", escreveu. Suécia, Dinamarca e Áustria também se alinharam à França, à Espanha e ao Reino Unido.

O ultimato que França, Alemanha, Espanha, Holanda, Portugal e Reino Unido deram ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para que convocasse eleições presidenciais expirou neste domingo (3). Em uma entrevista à emissora espanhola La Sexta, divulgada ontem, Maduro, rejeitou o ultimato europeu descartando novas eleições presidenciais.

Faltando pouco para a meia-noite deste domingo, Maduro disse que não dará o "braço a torcer por covardia diante das pressões". "Por que a União Europeia tem que dizer a um país do mundo que já realizou suas eleições que ele que deve realizar novas eleições presidenciais, por que seus aliados de direita não venceram o pleito?", questionou Maduro, entrevistado em Caracas pelo jornalista Jordi Évole.

Grupo de contato

Maduro disse apoiar, por outro lado, a "boa iniciativa" de um grupo de contato internacional integrado pela União Europeia e países latino-americanos como Uruguai e México, que busca "fomentar um processo político e pacífico" para sair da crise venezuelana e que realizará sua primeira reunião em 7 de fevereiro em Montevidéu.

"Eu apoio esta conferência. Aposto que, desta iniciativa, surja uma mesa de negociações e de diálogo entre os venezuelanos para resolver nossos assuntos, agendar um plano e uma rota de solução para os problemas da Venezuela”, disse Maduro. Durante a entrevista, o presidente enviou uma mensagem a Guaidó: "Que abandone a estratégia golpista, que se quer aportar algo, sente-se em uma mesa de conversa cara a cara" com o governo de Maduro.

Guaidó já tinha dito que não se prestará a diálogos "falsos" e que os venezuelanos "vão continuar nas ruas até que cesse a usurpação" de Maduro. O opositor se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro, depois que o Congresso declarou Maduro um "usurpador" após assumir em 10 de janeiro um segundo mandato considerado ilegítimo pela oposição - assim como parte da comunidade internacional - por resultar de eleições fraudulentas.

 

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