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Brasil/Venezuela

Guaidó, líder da oposição venezuelana, chega ao Brasil para reunião com Bolsonaro

O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, reconhecido por cerca de 50 países como presidente interino de seu país e buscando apoio mais concreto do Brasil, chegou nesta quinta-feira em Brasília e será recebido no período da tarde pelo presidente Jair Bolsonaro.

Juan Guaidó durante uma coletiva de imprensa em 20 de fevereiro
Juan Guaidó durante uma coletiva de imprensa em 20 de fevereiro REUTERS/Manaure Quintero
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Bolsonaro "receberá Guaidó em visita pessoal". O encontro começará às 14h no Palácio do Planalto, segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros.Guaidó, vindo de Bogotá, chegou ao Aeroporto Internacional de Brasília às 04h40.

A embaixadora encarregada por Guaidó no Brasil, María Teresa Belandria, disse que o líder da oposição também será recebido "por numerosos representantes das delegações diplomáticas presentes em Brasília que o reconheceram como o legítimo presidente interino da Venezuela".

Os países que não reconhecem o presidente Nicolás Maduro alegam que sua releição foi fraudulenta. Os Estados Unidos submeterão a votação no Conselho de Segurança da ONU, nesta quinta-feira (28), um projeto de resolução que exige eleições presidenciais na Venezuela e entrada "sem exigências" da ajuda humanitária com alimentos e remédios. A Rússia vai apresentar uma resolução pedindo que a soberania da Venezuela seja respeitada.

O chanceler chavista Jorge Arreaza pediu nesta quarta-feira uma reunião entre Maduro e Trump, mas o vice-presidente americano, Mike Pence, recusou essa possibilidade.

"A única coisa para ser discutida com Maduro neste momento é a hora e a data de sua saída", escreveu no Twitter Pence, acrescentando a hashtag em espanhol #VenezuelaLibre". Nesta semana, Guaidó reiterou que, para derrotar Maduro, todas as opções deveriam ser colocadas sobre a mesa

Guaidó pode ser preso

Guaidó tem insistido em voltar nesta semana para Caracas para exercer suas "funções", apesar da possibilidade de ser preso. Ele ainda não definiu a data de retorno e nem disse se voltará diretamente do Brasil.

Nesta segunda-feira (26), a Colômbia denunciou "sérias e críveis ameaças" contra Guaidó e responsabilizou o governo de Maduro. "Um preso não ajuda ninguém, tão pouco um presidente exilado. Estamos numa zona inédita e minha função e meu dever é estar em Caracas apesar dos riscos, apesar de todas as implicações", disse o opositor.

Seus simpatizantes anunciaram que se mobilizarão para recebê-lo na próxima sexta na capital venezulana. A cidade também será palco de manifestações de grupos leais ao chavismo.

Crise é culpa de Washington, diz Maduro

A Venezuela está mergulhada em uma severa escassez de alimentos e remédios, que gerou o êxodo de 2,7 milhões de pessoas para países da região desde o agravamento da crise, em 2015.Para Maduro, esta crise é consequência do bloqueio financeiro aplicado por Washington. Também garante que o envio da ajuda humanitária patrocinada por Donald Trump esconde um plano de intervenção militar na Venezuela.

A tentativa de entrega no fim de semana de alimentos e remédios através das fronteiras com o Brasil e Colômbia, fechadas do lado venezuelano, terminou em confrontos que deixaram quatro mortos.

A Colômbia reabriu seu lado da fronteira nesta quarta-feira, mas com restrições, devido aos confrontos entre venezuelanos que tentam entrar no país e a Guarda Nacional Bolivariana de Maduro. As autoridades migratórias indicam que 326 membros das forças armadas de Venezuela que desertaram e foram para a Colômbia.

(Com informações da AFP)

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