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Venezuela/apagão

Trump recebe esposa de Guaidó na Casa Branca em meio a novo apagão na Venezuela

O presidente americano Donald Trump e seu vice-presidente Mike Pence receberam Fabiana Rosales, esposa de Juan Guaidó, na Casa Branca nesta quarta-feira (27). Paralelamente, a Venezuela continuava paralisada nesta quarta-feira (28) por um novo apagão que afetou a capital, Caracas, e outras regiões.

O presidente Donald Trump recebeu nesta quarta-feira na Casa Branca Fabiana Rosales, a mulher de Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela.
O presidente Donald Trump recebeu nesta quarta-feira na Casa Branca Fabiana Rosales, a mulher de Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela. REUTERS/Carlos Barria
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Trump disse que considera Rosales como a primeira-dama da Venezuela. "Estamos com você 100%", disse Trump ". Trump e Pence também exigiram o fim do apoio russo a Caracas. "A Rússia tem que sair", disse o presidente. Pence pediu a Moscou que acabe com "todo o apoio ao regime de Maduro" e classificou a chegada de dois aviões militares por Moscou à Venezuela como uma "provocação inoportuna".

A Rússia defendeu nesta quarta-feira a presença de militares na Venezuela, ao participar de um conselho permanente da OEA no qual foi aprovada uma resolução pedindo a entrada da ajuda humanitária na Venezuela. O observador suplente da Rússia, Alexander Kormachev, pediu a palavra depois da votação e se pronunciou contra "as acusações de algumas altas posições dos Estados Unidos sobre alegadas intervenções russas na Venezuela".

Kormachev defendeu, em espanhol fluente, que "a cooperação bilateral da Rússia com a Venezuela adere estritamente à Constituição deste país e respeita sua legislação, incluindo os poderes do legislativo". Em meio à pressão internacional para que Maduro deixe o cargo, Rússia e China, os principais credores da dívida externa da Venezuela (estimada em 150 bilhões de dólares), tornaram-se os grandes aliados do presidente socialista.

Novo apagão

O apagão se mantinha intermitente em Caracas e outras regiões, após a nova falha, registrada na madrugada desta quarta-feira. Segundo o último boletim do governo, a falha afetou a recuperação de 85% do serviço, obtida até a noite de terça-feira (27).

A queda foi "produto da instabilidade derivada do ataque", acrescenta o relatório, reafirmando que o apagão foi provocado por um incêndio na hidroelétrica de Guri, o qual o presidente Nicolás Maduro atribui à oposição. O boletim do governo não informa quando a situação será normalizada.

Diante da situação, o governo Maduro "decidiu suspender as atividades trabalhistas e educativas amanhã, quinta-feira, 28", informou o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez. O ministro esclareceu que a nova falha ocorreu na manhã de quarta-feira (28), interrompendo o serviço em setores de Caracas e outras regiões onde ele havia retornado.

"Vamos continuar esse processo de distribuição de energia até que todos os equipamentos danificados pelo terrorismo entrem em operação", disse Rodriguez, sem dar uma estimativa de quando a situação será normalizada. O caos continuou com a suspensão do bombeamento de água, a paralisação dos transportes - incluindo o metrô de Caracas - e o impacto das comunicações e do banco eletrônico, vitais devido à escassez de dinheiro em espécie gerada pela hiperinflação.

Guaidó convoca novo protesto

Em resposta, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, convocou um protesto nacional no sábado. "Toda vez que você não tem luz, água, gás, transporte, não é hora de se acostumar com isso, é hora de exigir nossos direitos", disse Guaidó, conclamando seus partidários a não permanecerem "passivos".

Maduro reagiu convocando para o mesmo dia uma "grande mobilização" em defesa do governo socialista. "Temos uma grande mobilização, em todo o país. São mais de mil pontos", anunciou Maduro no programa do dirigente "chavista" Diosdado Cabello na estatal VTV.

O presidente pediu aos 'coletivos' - grupos populares chavistas armados - "tolerância zero com as guarimbas", como chama os protestos violentos e os bloqueios de rua. O país de 30 milhões de pessoas ficou no escuro na segunda-feira, após o pior apagão de sua história, que começou em 7 de março e durou quase uma semana.

 

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