Chinesa é presa com pendrive cheia de vírus na casa de golfe de Trump
Uma cidadã chinesa foi presa neste sábado (30) em Mar-a-Lago, a propriedade de Donald Trump na Flórida, nos Estados Unidos. Ela estava de posse de uma chave USB carregada de malware, os chamados “vírus” que desestabilizam e atacam programas de internet. O presidente norte-americano se encontrava no local, mas jogava golfe em outra parte do clube e não teve contato com Yujing Zhang.
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Anne Corpet, correspondente da RFI em Washington
Ninguém sabe exatamente como Yujing Zhang conseguiu entrar em Mar-a-Lago. Uma vez dentro da propriedade, ela disse primeiro que queria ter acesso à região da piscina, antes de dizer que participava de uma manifestação celebrando a amizade entre a China e os Estados Unidos. Mas nenhum evento desse tipo havia sido anunciado oficialmente no local.
Alertados, agentes do Serviço Secreto descobriram que ela carregava quatro telefones celulares, um laptop, um disco rígido e uma chave USB. Um exame mostrou que o último dispositivo continha software malicioso.
A intrusão preocupou Adam Schiff, o parlamentar democrata que lidera o Comitê de Inteligência no Congresso norte-americano: "Estamos profundamente preocupados com a maneira como o presidente e sua família respeitam ou não os protocolos de segurança. Mas se houvesse uma tentativa de implementar o vírus, seria um assunto muito sério. Por enquanto, o caso não nos permite saber mais", disse Schiff.
Nenhum detalhe foi fornecido sobre a natureza exata do software malicioso. Yujing Zhang, que possuía um passaporte chinês de Taiwan, foi acusada por falsa declaração a um agente federal e por entrar ilegalmente em uma propriedade privada.
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