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Maduro diz que Venezuela está pronta para normalizar relações com EUA

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que está pronto para normalizar as relações com os Estados Unidos, durante uma entrevista à televisão estatal, transmitida neste domingo (1).

Foto de arquivo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. O chefe de estado disse que seu país está pronto para voltar a ter relações com os Estados Unidos, no domingo, 1 de janeiro de 2023.
Foto de arquivo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. O chefe de estado disse que seu país está pronto para voltar a ter relações com os Estados Unidos, no domingo, 1 de janeiro de 2023. REUTERS - LEONARDO FERNANDEZ VILORIA
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"A Venezuela está preparada, totalmente preparada, para dar um passo em direção ao processo de normalização das relações diplomáticas, consulares, políticas, com este governo dos Estados Unidos e com os governos que vierem", disse Maduro em uma entrevista ao jornalista francês Ignacio Ramonet, ao canal Telesur, divulgada pela televisão estatal venezuelana. 

As declarações também sinalizam a intenção do governo venezuelano em retomar as relações comerciais com outros países. Os governos europeus buscam diversificar os fornecedores de petróleo, diante da crise energética provocada pela guerra na Ucrânia. Ao mesmo tempo, Maduro busca retomar o diálogo com os EUA.

O presidente socialista rompeu relações com Washington em 2019, quando a administração de Donald Trump reconheceu o dirigente opositor Juan Guaidó como "presidente interino" do país. Para forçar a saída de Maduro, os Estados Unidos adotaram diversas sanções contra a Venezuela, incluindo um embargo ao petróleo venezuelano. 

Oficialmente, os EUA não reconhecem Maduro como presidente por considerar que houve fraude em sua reeleição em 2018. Mas, em 2022, o governo de Joe Biden enviou delegados a Caracas para reuniões com o presidente venezuelano para decidir, entre outro assuntos, intercâmbios de prisioneiros.

"Estamos preparados para diálogos no mais alto nível, para relações de respeito. Tomara os Estados Unidos virem a página, deixem essa política extremista de lado e adotem políticas mais pragmáticas sobre a Venezuela", declarou Maduro. 

Mensagem para empresas

O presidente chavista celebrou a licença que a Casa Branca concedeu à multinacional do setor energético Chevron para operar por seis meses no país, depois que o governo de Maduro e a oposição venezuelana retomaram negociações, no México. 

"Eu mando uma mensagem a todas as empresas (…): a Venezuela está de portas abertas, com condições especias, para investimentos, para a produção", afirmou. Maduro também disse que "as coisas avançam bem" com a União Europeia, com "um diálogo permanente" com o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell. 

Neste sentido, a Espanha deu a aprovação à Coromoto Godoy como nova embaixadora da Venezuela em Madri, após a nomeação, na terça-feira (27), de Ramón Santos Martínez como seu embaixador em Caracas.

Líderes europeus, entre eles o presidente francês, Emmanuel Macron, pediram a "diversificação das fontes de abastecimento de petróleo", incluindo Irã e Venezuela, para barrar o aumento dos preços dos combustíveis, após sanções contra a Rússia por invadir a Ucrânia. 

(Com informações da AFP)

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