Apesar do alarde provocado pela publicação de documentos da diplomacia americana, no último domingo pelo site de informação WikiLeaks, para Luis Bitencourt, especialista da National Defense University, em Washington, o conteúdo que veio a público não é uma novidade.As cerca de 250 mil correspondências internas, muitas classificadas como secretas, foram compartilhadas com os cinco maiores jornais do mundo causando desconforto entre as chancelarias. No entanto, elas não devem mudar o rumo da política externa norte-americana.
Segundo a Maíra Kubik, editora do Le Monde Diplomatique Brasil, revelações desse tipo são uma nova realidade a que o jornalismo terá que se adaptar. A internet possibilita o acesso imediato de um grande número de usuários a um significativo volume de informações.
Controlar esses vazamentos ou regulamentar a internet sem atacar a transparência e o interesse público são um desafio para os governos. A França deu o primeiro passo rumo à vigilância da web com a controversa Lei Hadopi, aprovada em 2009, mas está longe de ganhar a batalha.
Em entrevista a RFI, Bitencourt comenta o impacto das publicações do Wikileaks nas relações internacionais e a posição da Casa Branca de classificar como crime grave a midiatização desses dados confidenciais.
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