Ban Ki-moon elogia iniciativa argentina de acolhimento de refugiados

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, defendeu uma solução global para o problema dos refugiados nesta segunda-feira (8) e elogiou a iniciativa da Argentina de receber migrantes sírios. O diplomata realiza uma visita oficial ao país até esta terça-feira (9).

O presidente argentino, Mauricio Macri, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na Casa Rosada nesta segunda-feira (8). REUTERS/Agustin Marcarian

"A situação está incontrolável, insustentável, e estamos trabalhando para ver como podemos, globalmente, lidar com este assunto com base na responsabilidade compartilhada", disse Ban Ki-moon depois de se reunir com o presidente Mauricio Macri na Casa Rosada, sede do governo, em Buenos Aires.

Durante seu discurso, ele saudou a "generosa e compassiva liderança que permitiu a possibilidade de receber 3 mil refugiados sírios". Ban Ki-moon também lembrou que o fluxo migratório maciço "já atingiu 65 milhões de pessoas em todo o mundo". "A Argentina está demonstrando um alto grau de compaixão e generosidade com as pessoas que precisam deste apoio", disse.

Elogios à Argentina e ao presidente Macri

O secretário-geral da ONU considerou "um alívio" a prioridade que o governo argentino dá às questões-chave das Nações Unidas. O diplomata, que vai deixar seu posto à frente da ONU em dezembro, descreveu como "muito bom" o encontro com Macri, com quem discutiu "várias questões, incluindo a manutenção da paz, as alterações climáticas, a igualdade de gênero e questões regionais".

Sem poupar elogios nesta que foi sua terceira visita à Argentina desde que assumiu o cargo, o diplomata agradeceu Macri por respeitar seu compromisso sobre o acordo sobre o clima de Paris e convidou o presidente argentino para participar da cúpula que será realizada no dia 21 de setembro "junto aos demais líderes do mundo para acelerar o processo de ratificação [do compromisso]".

Ban Ki-moon também falou sobre a participação da Argentina na missão de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), destacando o papel do general argentino Javier Pérez Aquino como observador. E finalizou elogiando a liderança da juíza argentina Silvia Fernández de Gurmendi, presidente doTribunal Penal Internacional (TPI).