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EUA/eleições

Eleições EUA: FBI desiste de indiciar Hillary Clinton

O FBI descartou neste domingo (6) a possibilidade de apresentar qualquer acusação formal contra a candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, pelos e-mails trocados quando ela ainda era secretária de Estado. O anúncio acontece há um dia das eleições presidenciais, nesta terça-feira (8).

Republican U.S. presidential nominee Donald Trump speaks during the presidential town hall debate with Democratic U.S. presidential nominee Hillary Clinton at Washington University in St. Louis, Missouri, U.S., October 9, 2016.
Republican U.S. presidential nominee Donald Trump speaks during the presidential town hall debate with Democratic U.S. presidential nominee Hillary Clinton at Washington University in St. Louis, Missouri, U.S., October 9, 2016. REUTERS/Lucy Nicholson
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Segundo o diretor do FBI, James Comey, os novos e-mails encontrados há uma semana não alteraram a decisão da entidade, em julho deste ano, de não apresentar acusações formais contra Hillary. "Com base na nossa revisão, não modificamos as conclusões", disse.

Em 28 de outubro, Comey provocou um verdadeiro terremoto político na campanha, anunciando que o FBI tinha encontrado novos e-mails e os peritos investigariam se as mensagentes haviam passado pelo servidor privado de Hillary, manteve quando ela era secretária de Estado. O anúncio literalmente caiu como uma bomba e obrigou Hillary e sua equipe a passar vários dias dando explicações sobre um escândalo que parecia inicialmente superado.

O surgimento da nova crise coincidiu com uma mudança visível na tendência geral das pesquisas, que passaram a mostrar uma queda nos níveis de intenção de voto para Hillary e um progressivo fortalecimento do candidato conservador Donald Trump. De acordo com uma pesquisa realizada pela rede NBC e pelo jornal Wall Street Journal, neste domingo, Hillary tem uma vantagem de quatro pontos percentuais sobre Trump (44% e 40%).

Ritmo frenético

Neste domingo, em um comício em Minesota, Trump voltou a acusar a rival e disse que Hillary enfrentaria "investigações por muito, muito tempo". Hillary e Trump imprimiram um ritmo frenético à sua agenda, concentrada nos estados onde as consultas não indicam um claro favorito ou onde a disputa está mais apertada.Entre domingo e segunda, Trump participa de comícios no Iowa, Minesota, Michigan, Pensilvânia, Flórida, Carolina do Norte e New Hampshire, estados considerados fundamentais para conseguir a vitória na terça-feira

Neste domingo, Hillary visitou uma igreja em um bairro de maioria negra na Filadélfia. "Cada hora e cada minuto contam. Não podemos errar. Muitas coisas estão em jogo", disse ela a seus simpatizantes.O ritmo frenético das duas campanhas é reflexo deste cenário, muito mais disputado do que Hillary e Trump querem admitir.

Comício com Obama e Michelle

A disputa acirrada convenceu a equipe da ex-secretária de Estado a encerrar a campanha na segunda-feira com as cartas mais pesadas que tem na manga: ela levará ao palco seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, acompanhado do atual presidente, Barack Obama, e de sua esposa, Michelle.

A tensão nos momentos finais da campanha se tornou evidente na noite de sábado, quando foi registrada uma confusão em um ato de campanha de Trump e o candidato foi retirado rapidamente do palco pela segurança.

O incidente ocorreu quando um homem com um cartaz que dizia "Republicanos contra Trump" foi agredido por seguidores do candidato. O homem foi detido e posteriormente liberado, ao ser constatado que não portava nenhuma arma de fogo. No entanto, um dos filhos de Trump mencionou na rede social Twitter que seu pai havia sido alvo de uma "tentativa de assassinato".
 

 

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