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Primeiro decreto de Trump é contra Obamacare

Logo após sua posse, nesta sexta-feira (20), o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto para "minimizar o peso econômico" do sistema de saúde, conhecido como "Obamacare". O ato deu continuidade a seu discurso de posse, populista, nacionalista e em ruptura total com seu predecessor, Barack Obama.

Donald Trump assinou seu primeiro decreto presidencial nesta sexta-feira, 20 de janeiro de 2017, na Casa Branca, em Washington.
Donald Trump assinou seu primeiro decreto presidencial nesta sexta-feira, 20 de janeiro de 2017, na Casa Branca, em Washington. © ReutersJonathan Ernst
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O decreto foi assinado por Donald Trump no Salão Oval da Casa Branca, diante de um grupo de jornalistas chamado de urgência para registrar o ato, logo após a cerimônia de posse do 45° presidente dos Estados Unidos. O texto ordena que a administração libere o maior número possível de agentes do sistema de saúde das obrigações impostas pelo Obamacare, alvo de críticas incessantes dos republicanos por seu custo e regulações excessivas.

A ordem executiva sancionada pelo presidente "orienta departamentos e agências a reduzir a carga "financeira e regulatória do sistema antes de derrogar a lei e substituí-la, explicou seu chefe de gabinete, Reince Priebus. O objetivo é "criar um mercado de seguro de saúde mais livre e aberto", completou Priebus.

Um dos principais legados de Obama

A reforma do sistema de saúde Obamacare foi aprovada em 2010 como resultado de um complexo processo de negociação conduzido pelo então presidente democrata Barack Obama. O objetivo da lei era garantir um seguro de saúde para milhões de americanos.

Mas o conservador Partido Republicano nunca interrompeu seus esforços para combater o "Obamacare". A campanha se acelerou em 2014, quando a oposição republicana passou a controlar as duas câmaras do Congresso.

Durante a campanha eleitoral, Trump afirmou que seu governo se empenharia desde o primeiro dia em eliminar o "Obamacare" e começa cumprir a promessa. "É um desastre completo", repetia Trump.

Como sugerido pela direção do Partido Republicano no Congresso, o novo presidente deve criar uma alternativa antes de abolir completamente a reforma da administração Obama, para não deixar milhões de pessoas sem um seguro de saúde.

Aproximadamente um terço dos americanos tem algum tipo de cobertura médica pública. Metade da população dispõe de seguros de saúde privados. Com o sistema "Obamacare", o governo de Obama permitiu que grande parte dos americanos sem cobertura médica pudesse ser beneficiada pelo sistema.

Novas medidas de Trump

A Casa Branca também informou na sexta-feira que os Estados Unidos vão abandonar a política de redução dos gases que provocam o efeito estufa. As explorações das reservas de petróleo e gás de xisto serão retomadas para criar empregos e financiar a renovação das infraestruturas públicas.

A equipe do novo presidente americano anuncia para a próxima segunda-feira (23) novas decisões políticas significativas.

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