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EUA

Muro que Trump prometeu construir na fronteira com o México está em risco

A equipe do presidente americano Donald Trump vem enviando sistematicamente a repórteres documentos exaltando as "conquistas históricas" do líder desde a sua chegada à Casa Branca. Mas parece que a promessa de construção do muro, muito elogiado durante a campanha, está comprometida por falta de financiamento.

Construção de um muro em toda a extensão da fronteira entre Estados Unidos e México era uma promessa de campanha de Donald Trump.
Construção de um muro em toda a extensão da fronteira entre Estados Unidos e México era uma promessa de campanha de Donald Trump. REUTERS/Jose Luis Gonzalez
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Com informações de Anne-Marie Capomaccio, correspondente da RFI em Washington

A construção ou não da barreira para separar em toda a sua extensão a fronteira entre Estados Unidos e México virou o centro das discussões orçamentarias no Congresso americano, na terça-feira (25). A oposição se nega a liberar os recursos para a polêmica obra, cujo custo final pode superar os US$ 15 bilhões.

O Congresso americano precisa aprovar o orçamento federal antes de sexta-feira (28). Caso isso não aconteça, o governo fica legalmente impedido de funcionar, por não dispor de um orçamento para financiar suas operações.

Muro virá "mais cedo ou mais tarde"

O presidente Trump e seus assessores mais próximos continuam a dizer que este muro virá "mais cedo ou mais tarde". Ele escreveu no Twitter: "Não deixem que a mídia, que divulga informações falsas, diga que eu mudei de posição sobre o muro".

Mas muitos republicanos, como o senador Lindsey Graham, já enterraram o projeto. "Espero encontrar uma maneira de melhorar essa segurança nas fronteiras. Eu entendo o desejo de um muro, mas um muro de 3.500 km não faz sentido e eu não vejo como fazer isso. Entretanto, as várias barreiras são parte do plano", disse o senador Graham.

Contorcionismos oratórios e jargões fazem parte do discurso atual. Os aliados de Trump dizem não se tratar mais de um muro "físico", mas de um muro "virtual", ou seja, uma melhor vigilância eletrônica na fronteira.

O chanceler mexicano Luis Videgaray disse que o muro não será parte de uma negociação bilateral, advertindo que seu país não contribuirá para pagá-lo "em nenhum cenário".

"Nós mexicanos não devemos ser parte dessa discussão, não vamos colaborar de forma alguma com a construção de algo que nos ofende", declarou o ministro em um discurso na Câmara dos Deputados mexicana.

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