Brasil inaugura primeira unidade de construção de submarino nuclear
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O Programa de Desenvolvimento de Submarinos criado em 2008 pela parceria estratégica entre a França e o Brasil se tornou realidade nesta sexta-feira com a inauguração da sua primeira unidade industrial do país para a construção do primeiro submarino de propulsão nuclear, em Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro. A planta nuclear será desenvolvida com tecnologia inteiramente nacional.
A construção da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), de um estaleiro, para a manutenção e montagem, e de uma base naval, para o controle das operações, deve custar 7,8 bilhões de reais até 2017. Os outros polos do complexo seguem em obras. Ao todo, a construção deve gerar 9 mil empregos diretos e 32 mil indiretos.
No discurso inaugural, que contou com a presença do embaixador da França no Brasil, Bruno Delaye, empresários e autoridades dos dois países, a presidenta Dilma Rousseff defendeu que a indústria de defesa é a indústria do conhecimento e ressaltou que o Brasil com suas dimensões continentais precisa ter aparatos militares eficazes, mesmo no atual panorama pacífico da América Latina.
Em entrevista à RFI, Eric Berthelot, diretor da filial no Brasil da empresa francesa DNCS, uma das líderes mundiais na área de construção naval, contratada pela Marinha para junto com a Odebrecht planejar e construir o complexo naval de Itaguaí, revela os detalhes dessa parceria e fala da importância da autonomia tecnológica brasileira.
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