Pane elétrica em Fukushima teria sido provocada por um rato
A companhia Tepco, que administra o complexo nuclear de Fukushima Daiichi, suspeita que um rato tenha causado a pane elétrica que levou a central à beira de um grave acidente. As falhas na manutenção e na segurança das instalações provocaram uma onda de críticas de cientistas, políticos e jornalistas japoneses.
Publicado em: Modificado em:
Na última segunda-feira, uma pane elétrica paralisou durante várias horas uma parte dos sistemas de resfriamento dos tanques que recolhem o combustível usado na central nuclear de Fukushima Daiichi.
A ameaça de uma nova catástrofe como a que aconteceu em decorrência do terremoto seguido de tsunami de 11 de março de 2011 assustou o Japão e provocou uma enxurrada de críticas à Tepco, que administra a central.
A empresa suspeita que um roedor possa ter provocado um curto-circuito. O cadáver de um rato foi encontrado em meio aos equipamentos elétricos.
Que um incidente tão previsível possa ter levado novamente a central à beira de uma crise deixou os especialistas furiosos.
Um porta-voz da Tepco informou que os sistemas de resfriamento já voltaram a funcionar normalmente, mas isso não foi o suficiente para tranquilizar a opinião pública.
Cientistas, políticos e jornalistas japoneses apontam a precariedade dos equipamentos e as falhas na segurança e exigem que experts independentes examinem as instalações.
A Tepco é acusada de negligência e de não ter aprendido com as lições do acidente de 2011. A companhia também continua sendo criticada pela falta de transparência. Na segunda-feira, a Tepco levou três horas para anunciar publicamente o incidente.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro