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Justiça

Justiça da Espanha decide extraditar advogado brasileiro ligado à Lava Jato

A Justiça espanhola aceitou extraditar o advogado Rodrigo Tacla Duran. O hispano-brasileiro responde no Brasil por sua suposta ligação com o esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela operação 'Lava Jato'.

O advogado seria integrante do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, conhecido como o “departamento de propinas” da empreiteira.
O advogado seria integrante do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, conhecido como o “departamento de propinas” da empreiteira. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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A extradição, "para processo de delito de coparticipação, lavagem de dinheiro e organização criminosa", foi decidida pela Audiência Nacional, tribunal superior espanhol especializado nesse tipo de casos, segundo uma ação a qual a AFP teve acesso nesta sexta-feira (16). A medida deverá agora ser formalmente aprovada pelo governo espanhol.

Em troca, Madri espera que Brasília extradite um cidadão espanhol que está foragido no território brasileiro. A Justiça tem três meses para cumprir a condição.

Rodrigo Tacla Duran, de 43 anos, é acusado de integrar o Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, conhecido como o “departamento de propinas” da empreiteira. O advogado, que deixou o Brasil passando pelo Estados Unidos, também tem nacionalidade espanhola e foi detido em um hotel de Madri em novembro passado a pedido da Operação Lava Jato.

Em seu processo, a justiça espanhola afirma que o brasileiro atuou como mediador no pagamento de subornos e lavagem de dinheiro. Concretamente, ele teria lavado mais de R$ 35 milhões para a UTC Engenharia, uma das empresas acusadas de envolvimento no esquema.

O caso do advogado tem também ramificações no Equador, onde o ex-ministro Alecksey Mosquera foi preso preventivamente em abril por 90 dias por ter supostamente recebido um suborno de US$ 920 mil da Odebrecht.

A prisão do ex-ministro equatoriano foi possível por causa da declaração feita por Tacla Duran, de acordo com a procuradoria equatoriana, que em janeiro enviou uma assistência penal à Espanha para recorrer ao testemunho.

(Com informações da AFP)

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