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Brasil/ ONU/ Crime/ Índio

ONU condena assassinato de líder indígena e pede ação de governo brasileiro

A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou nesta segunda-feira (29) o assassinato de um chefe indígena no norte do Brasil, em sua opinião, devido ao desenvolvimento da mineração na Amazônia, apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Atividade do garimpo é nociva à população local e ao meio ambiente.
Atividade do garimpo é nociva à população local e ao meio ambiente. protectoradodalunda.blogspot.fr/
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Emyra Wayãpi, chefe da tribo Wayãpi, foi morto na semana passada durante a invasão de meia centena de garimpeiros à aldeia de Mariry, no estado do Amapá.

“Este assassinato é um sintoma preocupante do crescente problema de intrusão em terras indígenas - especialmente nas selvas - por mineiros, madeireiros e fazendeiros no Brasil", escreveu Michelle Bachelet em um comunicado.

"A política proposta pelo governo brasileiro para abrir mais áreas da Amazônia para exploração de mineração cria riscos de induzir incidentes violentos, intimidações e assassinatos como o sofrido pelo povo Wayãpi na semana passada", continuou ela.

Bolsonaro e a defesa da mineração

O presidente de extrema direita Jair Bolsonaro mais uma vez defendeu a mineração na Amazônia no sábado (27), destacando a grande quantidade de minerais na região.

Os Wayãpi vivem em uma área remota da Amazônia, rica em ouro, manganês, ferro e cobre. No entanto, desde a década de 1980, seu território havia sido delimitado pelas autoridades para o uso exclusivo dos povos indígenas.

"Peço urgentemente ao governo brasileiro que aja com firmeza para impedir a invasão de territórios indígenas e garantir-lhes o exercício pacífico de seus direitos sobre suas terras", continua o Alta Comissária.

Membros das tribos da Floresta Amazônica há muito enfrentam a pressão de garimpeiros, fazendeiros e madeireiros, mas os militantes ressaltam que as ameaças contra eles se intensificaram desde que Bolsonaro, que defende os meios comerciais e financeiros, tornou-se presidente do Brasil em janeiro.

(AFP)

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