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Angoulême se transforma em capital mundial das histórias em quadrinhos

Até o próximo domingo (31), Angoulême será o ponto de encontro dos fãs de HQ do mundo todo. Cerca de 200 mil pessoas são esperadas na cidade francesa durante os quatro dias do evento, que se consolidou como o principal festival de histórias em quadrinhos da Europa.

Organizadores esperam receber cerca de 200 mil visitantes.
Organizadores esperam receber cerca de 200 mil visitantes.
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Enviado especial a Angoulême

Uma vez por ano a pequena cidade de sudoeste francês se transforma totalmente para receber o Festival Internacional de Histórias em Quadrinhos. Autores, editores e, é claro, muitos leitores desse gênero literário considerado como a 9a arte desembarcam em Angoulême para uma espécie de Festival de Cannes das tirinhas, quando sessões de autógrafos, lançamentos, exposições e prêmios animam a programação.

Durante o festival, a cidade também se transforma na maior livraria do mundo. Só para ter uma ideia, mais de 400 toneladas de livros são descarregados em Angoulême para a 43a edição do evento, que esse ano atraiu 223 editora. Além disso, um salão paralelo, no qual são negociados os direitos autorais, atesta o dinamismo do setor. Afinal, além das traduções em diferentes idiomas, é cada vez mais comum a adaptação das histórias em quadrinhos para televisão, cinema e videogames.

Esse é o caso da série Lucky Luke, que ficou famosa mundialmente ao ganhar, já nos anos 70, uma versão em desenho animado. O personagem, que completa 70 anos de existência esse ano, é tema de uma exposição comemorativa, lembrando a trajetória do “pistoleiro mais rápido que a própria sombra”, mas também de seu autor, o belga Maurice de Bévère, que assina com o pseudônimo Morris. Junto com Tintin (de Hergé) e Asterix (de Uderzo e Goscinny), Lucky Luke é considerado um dos principais ícones dos quadrinhos europeus.

Brasileiros em Angoulême

O Brasil é sempre representado no festival e esse ano não foi diferente, já que o autor Marcello Quintanilha faz parte da competição oficial na categoria “Polar”. O quadrinista, que vive na Espanha desde os anos 90, foi selecionado pela versão em francês de Tungstênio, uma história policial que se passa em Salvador. Outro brasileiro presente é o autor Flávio Luiz, que participa de um debate no qual vai abordar, na sexta-feira (29), o mercado de quadrinhos independentes no Brasil.

Na programação paralela, Angoulême ganhou as cores de Brasil já quarta-feira (27), véspera da abertura para o público, quando foi inaugurada uma exposição informal, intitulada Vague Brésilienne (Onda Brasileira). Organizada pelas quadrinistas Cynthia Bonacossa e Fabiane Langona, a mostra reúne o trabalho de cerca de vinte autores, entre eles Laerte, Kostella, Allan Sieber ou Magra de Ruim.

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