Aliança para o Pacífico deve ter mercado de livre comércio que Mercosul rejeitou
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Enquanto o Mercosul pena para destravar acordos internacionais, outro mercado comum na América Latina, a Aliança para o Pacífico, se desenha a passos largos entre México, Peru, Chile e Colômbia. Os países se reuniram na semana passada e abriram caminho para a entrada da Costa Rica no bloco, criado há um ano e que deve se transformar em uma área de livre comércio.
O professor Carlos Sidnei Coutinho, economista da Universidade Federal da Integração Latinoamericana, o modelo do Mercosul é ultrapassado: foi baseado na união aduaneira, o que impede os países de negociarem parcerias bilaterais, e ainda tem se sobressaído mais como um bloco político do que econômico.
José Tavares, diretor do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento, não vê a Aliança para o Pacífico como uma ameaça para o Mercosul. Para ele, trata-se de uma oportunidade para Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela reformularem aspectos que travam o desenvolvimento do bloco.
Os países latino-americanos compram 40% dos produtos industrializados do Brasil. As diferenças comerciais ganharam força no Mercosul principalmente depois que a Argentina adotou, há um ano, barreiras às importações que afetam seus vizinhos do bloco, criado em 1991. As exportações brasileiras para a Argentina caíram 21% em 2012 e mais 10% no primeiro trimestre de 2013.
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