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Rio/Olimpíadas

COI diz não ter prova de corrupção sobre escolha dos Jogos no Rio

O presidente do Comitê Olímpico Internacional COI), Thomas Bach, disse nesta quarta-feira (2) que "não há, por enquanto, provas de suspeita de corrupção" na atribuição dos Jogos Olímpicos de 2016, para o Rio de Janeiro, e de 2020, para Tóquio. As denúncias estão sendo investigadas desde dezembro pela justiça francesa.

Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, durante entrevista coletiva em Lausanne, em 2/03/16.
Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, durante entrevista coletiva em Lausanne, em 2/03/16. REUTERS/Denis Balibouse
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"Sabemos que nenhuma organização, nenhum governo, nenhuma instituição está imune à este tipo de corrupção", declarou Bach durante uma conferência de imprensa, após uma reunião do comitê executivo do CIO, em Lausanne.

"Desde os primeiros rumores deste caso, nós entramos em contato com a Agência Mundial Antidoping (AMA) e com as autoridades francesas para pedir que nos fornecessem informações necessárias. E, até o momento, não temos prova alguma", acrescentou.

A informação da investigação de suspeita de corrupção na atribuição dos Jogos de 2016 e de 2020 foi revelada pelo jornal britânico The Guardian e confirmada por uma fonte judicial nesta quarta-feira à agência AFP.

A investigação é uma iniciativa da Promotoria Pública Financeira (PNP, na sigla em francês) e é consequência de uma outra que levou o ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, a ser processado em novembro do ano passado.

Afastado da presidente da entidade desde agosto passado, o senegalês, de 82 anos, que comandou a IAAF durante 15 anos, é acusado de ter participado em um vasto esquema de corrupção anti-doping envolvendo atletas e autoridades russas. Ele teria recebido suborno para ocultar provas de testes positivos e deve responder a crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Intermediários

De acordo com o jornal The Guardian, os investigadores suspeitam que Lamine Diack, membro do COI entre 1999 e 2013, e seu filho, Papa Masata Diack, atuaram como intermediários entre as cidades candidatas a organizar os Jogos Olímpicos e alguns membros do COI.

O ex-chefão do atletismo mundial, que em um primeiro momento apoiou Istambul como sede das Olimpíadas de 2020, teria mudado de ideia depois que um grande patrocinador japonês firmou um importante contrato com a IAAF. Ainda de acordo com The Guardian, Papa Masata Diack teria trabalhado para que os Jogos de 2016 fossem realizados no Catar. O país concorreu com o Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas.

Ex-conselheiro de marketing da IAAF, Papa Diack foi banido para sempre do esporte pela Comissão de Ética da entidade, em anúncio feito no dia 7 de janeiro. Ele foi alvo de um mandado de prisão internacional pedido pela França e teve seu nome colocado na lista de pessoas procuradas pela Interpol.

A atribuição dos Jogos ao Rio de Janeiro foi decidida em 2009 e para Tóquio em 2013.
 

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