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Presidente do COI confirma que atletas russos serão bem-vindos em Paris 2024

Todos os atletas que estiverem "preparados para seguir as condições" estabelecidas pelo Comitê Olímpico Internacional serão "bem-vindos" aos Jogos Olímpicos de Paris, declarou o presidente do COI, Thomas Bach, no sábado (16), quando questionado sobre o caso dos atletas russos.

Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI)
Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) AP - Denis Balibouse
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Na quarta-feira (13), o ministro dos Esportes da Rússia, Oleg Matytsin, disse que seu país não deve "boicotar" os Jogos Olímpicos, apesar das restrições impostas à participação de seus atletas em resposta à ofensiva na Ucrânia.

"Há tantas mensagens contraditórias vindas da Rússia que não vou comentar todas as opiniões que estão sendo expressas", reagiu Thomas Bach no sábado, quando perguntado sobre as declarações de Oleg Matytsin.

"O que tememos (...) é que haja declarações cada vez mais agressivas da Rússia e do governo russo. Portanto, veremos o que acontece", continuou o presidente do COI, que estava em Chamonix (cidade francesa próxima da tríplice fronteira França-Itália-Suíça), para comemorar o centenário dos primeiros Jogos Olímpicos de Inverno.

"Nós estabelecemos condições. Essas condições não serão alteradas: qualquer pessoa que estiver preparada para seguir essas condições será bem-vinda em Paris. Quem não estiver preparado para segui-las não será bem-vindo", concluiu Thomas Bach, na presença da ministra francesa do Esporte e das Olimpíadas, Amélie Oudéa-Castéra.

Leia tambémJogos Olímpicos Paris 2024: atletas russos e bielorrussos podem ser aceitos sob bandeira neutra?

Exigências do COI para participação dos russos

O COI está exigindo que os esportistas russos e bielorrussos participem dos JO sob uma bandeira neutra este ano em Paris (26 de julho a 11 de agosto) - um sistema introduzido nos Jogos Olímpicos de 1992 em Barcelona para sérvios e montenegrinos atingidos por sanções internacionais.

Os atletas em questão também só poderão competir como indivíduos, o que efetivamente proíbe qualquer demonstração de poder esportivo russo nos eventos de equipe, e eles não devem ter apoiado ativamente a ofensiva russa na Ucrânia - um ponto verificado duas vezes pelas federações internacionais e depois pelo COI.

A Rússia sempre descreveu o tratamento dado a seus esportistas como "humilhante" e "discriminatório", e o presidente Vladimir Putin vem reservando sua opinião sobre a participação nos Jogos Olímpicos de Paris há vários meses.

"Não devemos nos afastar, nos fechar, boicotar esse movimento", disse o ministro Oleg Matytsin em uma reunião na quarta-feira, referindo-se aos Jogos Olímpicos do próximo verão europeu, de acordo com a agência estatal Tass, acrescentando: "Devemos, na medida do possível, preservar a possibilidade de diálogo e de participação em competições".

No entanto, o ministro dos Esportes disse que aguardaria a próxima reunião do Conselho Executivo do COI, marcada para 19 a 21 de março.

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(Com informações da AFP)

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