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Noruega/massacre

Testemunhas contam como matador norueguês chegou à ilha

Testemunhas relatam como o matador norueguês chegou à ilha de Utoya, onde exterminou 69 pessoas, a maioria jovens, no dia 22 de julho de 2011. Anders Behring Breivik está sendo julgado por esses e outros oito homicídios que ele cometeu em Oslo antes de se dirigir a Utoya.

O assassino norueguês Anders Breivik durante seu julgamento no tribunal de Oslo, nesta quinta-feira.
O assassino norueguês Anders Breivik durante seu julgamento no tribunal de Oslo, nesta quinta-feira. REUTERS/Heiko Junge/NTB Scanpix/Pool
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No 11° dia do processo contra o extremista de direita, um vigia e um capitão de uma balsa testemunharam sobre a chegada de Breivik à ilha, onde acontecia um acampamento de verão da Juventude Trabalhista. Breivik ouviu os relatos com olhar impassivel.

"Uma pessoa vestida de policial transmite uma certa autoridade”, declarou Simen Braeden Mortensen, encarregado de embarcar as pessoas na balsa em direção a Utoya. O vigia também contou que Breivik explicou-lhe que estava sendo enviado para a ilha por precaução, após o atentado a bomba que havia acabado de acontecer no centro de Oslo.

Explosão, aliás, que o próprio Breivik detonou na sede do governo norueguês, matando oito pessoas. ‘Pensei que era um documento de identidade policial legítima’, disse Mortensen sobre o documento apresentado pelo assassino.

Depois de passar pelo obstáculo do vigia, Breivik embarcou para Utoya. Uma balsa foi acionada para levar o falso policial, numa operação excepcional, pois o trajeto havia sido paralisado após a explosão da bomba.

Logo após desembarcar a pesada caixa que Breivik dissera conter equipamentos para detectar explosivos, o capitão da balsa viu o assassino abater a primeira vítima, o vigia do acampamento de jovens. Confuso, o capitão Jon Olsen pensou que pudesse se tratar de um exercício de treinamento. “Por outro lado, eu teria sido avisado se fosse o caso”. O capitão acrescentou que conseguiu fugir, deu uma longa volta e retornou à balsa, onde outras pessoas tinham se refugiado.

Breivik reconhece as mortes, mas se diz inocente, dizendo que seu gesto “são ataques preventivos contra os traidores da Pátria”, culpados de entregar a Noruega ao multiculturalismo e à invasão muçulmana.
 

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