Após venda ao Santander, acionistas do Banco Popular entram com processo na Justiça
Quase 400 acionistas do Banco Popular espanhol apresentaram nesta quinta-feira (8) uma denúncia à Justiça, no dia seguinte da venda da entidade ao Santander por um euro simbólico, indicaram seus advogados.
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A denúncia, à qual a AFP teve acesso, foi apresentada pela Associação Espanhola de Acionistas Minoritários de Empresas Cotizadas (AEMEC) à procuradoria anticorrupção da Audiência Nacional, alto tribunal especializado nesse tipo de caso.
A denúncia aponta "um possível delito de administração desleal" por parte da direção e "um possível delito contra o mercado e os consumidores", mediante o uso de informação privilegiada por parte de grandes acionistas.
Mais concretamente, o texto aponta para o empresário mexicano Antonio del Valle, que, junto com outros investidores de seu país, tinha uma participação de 4,13% no final de março, de acordo com os últimos dados oficiais disponíveis.
A denúncia formula a hipótese de que Del Valle e os outros acionistas mexicanos teriam manipulado propositalmente a ação, com o objetivo de obter "um ganho desmedido às custas do resto dos acionistas".
A AFP procurou o empresário por meio da Mexichem, uma empresa química de sua propriedade, mas não obteve resposta.
O secretário-geral da AEMEC, o advogado Javier Cremades, disse à imprensa que estão até o momento representados na denúncia 385 acionistas, a maioria "pequenos poupadores" que somam 3,5% do capital social do Popular.
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