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Alemanha

Alemanha celebra o menor índice de desemprego desde a reunificação do país

O índice de desemprego na Alemanha caiu em setembro, atingindo o menor nível desde a reunificação do país. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (29) pela Agência para o Emprego.

Setor industrial é um dos principais provedores de empregos na Alemanha.
Setor industrial é um dos principais provedores de empregos na Alemanha. REUTERS/Wolfgang Rattay
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Não foi apenas o Brasil que festejou nesta sexta-feira os bons resultados do mercado de trabalho. Porém, se no caso brasileiro o índice de desemprego caiu a 12,6% no trimestre concluído em agosto, dois décimos abaixo do registrado no período de maio-julho, na Alemanha o percentual de pessoas sem trabalho caiu para 5,6% da população ativa.

Os alemães já vinham mantendo um índice de desemprego de 5,7% há quatro meses consecutivos. O resultado é o melhor desde a reunificação do país, no final dos anos 1980.

"O mercado de trabalho continua se desenvolvendo de modo muito positivo", afirmou em um comunicado o presidente da Agência para o Emprego, Detlef Scheele. O número total de desempregados na Alemanha alcançou 2,45 milhões de cidadãos no fim de setembro.

Promessa de campanha

Os baixos índices de desemprego na Alemanha foram um dos principais argumentos de campanha de Angela Merkel durante a eleição legislativa do último fim de semana, que terminou com uma vitória moderada do partido da chefe do governo. A chanceler defendeu a estabilidade econômica em praticamente todos os seus discursos e prometeu o pleno emprego no país até 2025, ou seja, um índice de desemprego ao redor de 3%.

O modelo alemão, com baixos números de desempregados é frequentemente usado com exemplo em alguns países do bloco, inclusive na França. Porém, algumas estatísticas ressaltam que, apesar desses resultados, cerca de 20% da população da Alemanha vive em condições precárias por causa de salários muito baixos.

Alemães acumulam empregos

Uma das razões dessa ambiguidade é o sistema batizado de minijobs. O dispositivo propõe salários limitados a menos de € 10 euros por hora e permite que os patrões contratem seus funcionários para trabalhar apenas algumas horas por dia. Resultado: quem tem um minijob oficialmente não está desempregado, mas dificilmente ganha mais de €450 euros por mês. E, nesse caso, muitos acumulam dois, ou até três empregos para poder sobreviver.

Segundo a Eurostat, órgão oficial de estatísticas europeias, o índice de pobreza na Alemanha passou de 12,2% em 2005 para 16,7% em 2015, o que representa um aumento de 37%.

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