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Preço mundial dos alimentos alcança nível mais alto dos últimos 10 anos

Os preços mundiais dos alimentos voltaram a registrar forte alta em outubro, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (4) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Os preços atingiram o nível mais alto desde julho de 2011.

O índice de preços de alimentos da FAO teve um aumento de 31,3% desde outubro de 2020. O trigo, a soja e outros cereais puxaram a alta de preços.
O índice de preços de alimentos da FAO teve um aumento de 31,3% desde outubro de 2020. O trigo, a soja e outros cereais puxaram a alta de preços. AP - Nam Y. Huh
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O índice de preços de alimentos da FAO subiu 3% em relação a setembro para 133,2 pontos e teve um aumento de 31,3% desde outubro de 2020. O trigo, a soja e outros cereais puxaram a alta de preços.

O indicador, que mede a variação mensal dos preços internacionais da cesta básica, continua se aproximando do nível recorde (137,6 pontos), registrado em fevereiro de 2011.

O aumento é explicado, em particular, pelas tensões de abastecimento devido a uma colheita mais fraca de cereais neste ano, principalmente no Canadá, na Rússia e nos Estados Unidos.

Pelo quinto mês consecutivo, o preço do trigo subiu em outubro, aumentando 5% no mês e 38,3% no ano. É o valor mais alto desde novembro de 2012.

Os preços internacionais de todos os outros grãos principais também aumentaram na comparação mensal. No geral, o índice de preços de cereais da FAO aumentou 3,2% em relação ao mês anterior e 22,4% em relação ao ano anterior.

Por sua vez, o preço dos óleos vegetais deu um salto de 9,6% em um mês, atingindo um recorde histórico. O óleo de palma teve forte alta, pelo quarto mês consecutivo, "em grande parte devido aos persistentes temores sobre o nível de produção na Malásia em razão da escassez de mão de obra imigrante", observa a FAO.

Já os preços dos produtos lácteos aumentaram 2,2% no mês e 15,5% em um ano.

Preço das carnes oscila

Em contrapartida, o índice de preços das carnes caiu 0,7% em relação a setembro, pelo terceiro mês consecutivo. Mas permanece em patamar elevado (+ 22,1% em um ano).

Os preços internacionais da carne suína caíram devido à redução nas compras feitas pela China. Os preços da carne bovina também caíram.

Por outro lado, o preço do frango aumentou, devido à demanda e às poucas perspectivas de aumento da produção, por conta do custo da ração animal e da gripe aviária, observa a FAO.

Os preços do açúcar caíram 1,8% em relação a setembro, marcando a primeira queda, após seis aumentos mensais consecutivos.

Aumento de consumo

Projetado em 2.812 milhões de toneladas, o consumo mundial total de cereais em 2021/22 deverá aumentar 1,7%, em relação ao nível estimado para 2020/21.

A FAO também espera um aumento no consumo alimentar de trigo, sob o efeito do aumento populacional. E um aumento na utilização industrial e forrageira do milho.

Como resultado, os estoques mundiais de cereais, no final da temporada de 2022, devem diminuir 0,8% em relação ao nível do início da temporada, para chegar a 819 milhões de toneladas.

(Com informações da AFP).

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