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"Oportunista e excêntrico", Boris Johnson não deixará saudades, afirma mídia francesa

Os jornais franceses desta sexta-feira (08) destacam a renúncia do primeiro-ministro britânico Boris Jonhson, que deixou o poder após a demissão em massa de membros do governo exasperados pelos frequentes escândalos envolvendo o premiê. 

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, após anunciar sua renúncia, em 7 de julho de 2022. "É claramente o desejo do Partido Conservador que haja um novo líder e, portanto, um novo primeiro-ministro", disse ele em um breve discurso em frente a Downing Street.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, após anunciar sua renúncia, em 7 de julho de 2022. "É claramente o desejo do Partido Conservador que haja um novo líder e, portanto, um novo primeiro-ministro", disse ele em um breve discurso em frente a Downing Street. REUTERS - HENRY NICHOLLS
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Oportunista e excêntrico, Boris Johnson entrará para a história principalmente pela sua capacidade de mentir, afirma o Libération. A herança dos três anos do premiê no poder, de acordo com o diário, foram o Brexit, além de um país enfraquecido politicamente e profundamente dividido. Para o jornal, com a demissão do chefe de governo, toda uma era chega ao fim, "representada pela masculinidade tóxica, a demagogia, uma comunicação baseada na mentira e uma política irresponsável", que afundou o Reino Unido e sua economia. 

Após meses se recusando a se render, Boris Johnson finalmente entrega as armas, escreve Le Figaro, afirmando que o ex-premiê britânico não deixará saudades na União Europeia, sobreturo no presidente francês, Emmanuel Macron. Apesar de geralmente não se deixar desestabilizar por personalidades excêntricas ou autoritárias, o líder francês sempre mostrou sua antipatia pelo britânico, denunciando sua falta de seriedade, de educação e suas mentiras, lembra o jornal.

Os dois líderes se enfrentaram principalmente em função da crise migratória, mas também sobre as licenças para pescadores franceses em águas britânicas, a aliança Akus, assinada entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, e, mais recentemente, na guerra da Ucrânia, quando Johnson passou na frente da Europa, oferecendo sozinho apoio a Kiev.   

De acordo com o Le Parisien, um período de incertezas começa para o Reino Unido, e deve durar até o outono europeu. Para o Libération, os mais prováveis sucessores de Johnson são o ministro da Economia e das Finanças, Rishi Sunak, e a encarregada da pasta de Relações Exteriores, Liss Truss. Já o conservador Le Figaro aposta no ministro da Defesa, Ben Wallace.

Com a manchete "A Batalha se abre para a sucessão de Boris Johnson", o vespertino Le Monde alerta que diversas personalidades estão em campo pela disputa, mas que nenhuma delas é unânime em um partido conservador marcado por divisões.

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