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Ministro português renuncia após escândalo envolvendo a TAP

O ministro português de Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, pediu demissão na quarta-feira (28), em meio ao escândalo sobre a indenização a uma secretária de Estado por deixar a companhia aérea estatal TAP. A saída do ministro, que fazia partes dos governos do país há sete anos, foi aceita pelo premiê socialista António Costa.

A companhia aérea portuguesa TAP está no centro da polêmica que levou à demissão do ministro português Pedro Nuno Santos.
A companhia aérea portuguesa TAP está no centro da polêmica que levou à demissão do ministro português Pedro Nuno Santos. Reuters - Rafael Marchante
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A demissão do ministro foi anunciado um dia após a secretária de Estado da Fazenda Alexandra Reis, no centro da polêmica, ter deixado o cargo diante da pressão. 

O escândalo em torno do chamado "TAPgate" começou em fevereiro, depois das revelações sobre o valor da indenização (€ 500 mil, em torno de R$ 2,8 milhões) recebida por Alexandra Reis após deixar o conselho de administração da TAP Air Portugal.

Alguns meses depois, ela foi nomeada diretora da NAV, a empresa estatal de controle de tráfego aéreo, antes de ingressar no governo no início de dezembro como secretária de Estado do Ministério da Fazenda.

O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, tinha conhecimento do acordo entre a TAP e Alexandra Reis, o que suscitou críticas contra os membros do governo. 

"Dada a forma como este assunto é percebido pela opinião pública, assumo a responsabilidade política por isso", declarou Nuno Santos, em um comunicado. Ele também anunciou a demissão de Hugo Santos Mendes.

Os partidos da oposição já pediram o comparecimento de funcionários da TAP e do governo no Parlamento para esclarecer as condições da saída de Alexandra.

Cortes de pessoal e reduções salariais

A companhia aérea está passando por um processo de reestruturação que levou a cortes de pessoal e reduções salariais para muitos funcionários.

"A lição terá de ser aprendida no futuro. Qualquer um que ocupar um cargo público está sujeito a um exame minucioso de seu passado", afirmou o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.

A saída de Pedro Nuno Santos e de Hugo Santos Mendes faz aumentar para dez o número de demissões no Executivo de Costa em menos de nove meses.

(Com informações da AFP)

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