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Erupção do vulcão Etna cancela voos no aerporto siciliano de Catânia

Todos os voos com pouso e decolagem do aeroporto siciliano de Catânia foram suspensos nesta segunda-feira (14) até pelo menos as 20h locais devido à erupção do vulcão Etna, cujas cinzas cobrem o espaço aéreo da zona, anunciou a administração.

Itália: Aeroporto de Catânia fecha após erupção do Monte Etna
Itália: Aeroporto de Catânia fecha após erupção do Monte Etna AP - Salvatore Allegra
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 "Devido a uma erupção do Etna (...) e à queda de cinzas vulcânicas, as operações de voo estão suspensas até 20h" (15h no horário de Brasília), anunciou o aeroporto na rede X, antes conhecida como Twitter.

Sendo assim, o período de suspensão da atividade foi prorrogado após a indicação, horas antes, de que os voos seriam suspensos até 08h (horário de Brasília).

Um decreto do prefeito de Catânia, Enrico Trantino, "proíbe a circulação de veículos de duas rodas, bicicletas e motocicletas, nas próximas 48 horas, porque várias partes da cidade estão cobertas por uma camada de cinzas vulcânicas", afirma o site da Prefeitura.

O vulcão Etna, com 3.324 metros de altitude, é o vulcão ativo mais alto da Europa.

Em 2022, quase 10 milhões de passageiros transitaram pelo Aeroporto Internacional de Catânia, que cobre a parte oriental da Sicília, um dos destinos turísticos mais populares da Itália.

Vulcões submarinos

A descoberta de três vulcões submarinos perto da costa siciliana foi anunciada na semana passada, elevando para quinze os vulcões ao longo do canal da Sicília, braço de mar que separa a ilha italiana do norte da África.

"Descobrimos seis vulcões em 2019, além dos três que acabamos de descobrir, mas já havia outros cinco ou seis classificados. São uns quinze vulcões submarinos", afirmou à AFP Emanuele Lodolo, especialista do Instituto Nacional de Oceanografia e Geofísica Experimental (OGS), da Itália.

Os três últimos "estão a uma profundidade variável entre 100m e 400m, e o mais próximo, a cerca de 7 km da costa" sudoeste da Sicília, explicou Lodolo.

Por enquanto, os especialistas não sabem se estes vulcões representam um risco para a população. "É como com os sismos, não temos capacidade de fazer previsões, não podemos afirmar que não haverá uma erupção. O importante é acompanhá-los constantemente".

O OGS detalhou, em nota, que também foram encontrados restos de um barco em pesquisas oceanográficas realizadas entre 16 de julho e 5 de agosto por uma equipe internacional de cientistas.

Os destroços, não identificados, pertenciam a um navio com centenas de metros de comprimento e 17 metros de largura, que está a 110 metros de profundidade no meio do caminho entre a ilhota vulcânica de Linosa e a Sicília.

As amostras coletadas do vulcão "serão essenciais para reconstruir a história geológica de uma das regiões mais complexas do Mediterrâneo central", disse Matilde Ferrante, pesquisadora do OGS, que participou da expedição citada no comunicado.

Embora o Vesúvio e o Etna sejam os vulcões mais famosos, a Itália conta na realidade com cerca de "70, dos quais a grande maioria é submarina, e vão da Toscana à Sicília e ao canal da Sicília", informou o site na internet do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).

(Com AFP)

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