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Greve/França

Reforma da previdência na França: governo não cede e sindicatos ampliam greve até terça

A greve contra a reforma da previdência demonstrou força em seu segundo dia e um novo dia de paralisação interprofissional geral é anunciado para terça-feira (10). O governo de Emmanuel Macron, no entanto, não cede, e o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, se posicionou nesta sexta-feira (6) a favor do "fim de regimes especiais". Ele anunciou que apresentará "todo o projeto da reforma" na quarta-feira (11).

O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, durante pronunciamento em rede nacional de televisão em 6 de dezembro de 2019.
O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, durante pronunciamento em rede nacional de televisão em 6 de dezembro de 2019. REUTERS/Benoit Tessier
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O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, se exprimiu neste segundo dia da greve contra a reforma previdenciária, reiterando que um sistema universal de pensões "implica o desaparecimento de esquemas especiais", ao mesmo tempo em que se disse "pronto a transições progressivas".

"Seria irracional e inaceitável mudar as regras durante o jogo", disse o chefe de governo, se dirigindo aos funcionários das empresas de transporte SNCF e RATP. "Foi por isso que disse e repito hoje minha disposição total para tornar as transições progressivas", contemporizou Philippe.

O premiê também disse que apresentará, em 11 de dezembro, "todo o projeto do governo" para a reforma previdenciária, depois de negociações previstas com "parceiros sociais" na segunda-feira. "Minha lógica nunca será a do confronto", disse.

"Trabalhar mais tempo"

Philippe disse nesta sexta-feira (6) que os franceses terão de "trabalhar mais tempo", como já acontece "em outros países", em meio à queda de braço pela polêmica reforma da Previdência Social promovida pelo governo Macron.

"Nossos concidadãos sabem que, progressivamente, teremos que trabalhar um pouco mais de tempo, mas é o que já acontece em outros países comparáveis à França", declarou o primeiro-ministro em discurso transmitido pela televisão.

Na quinta-feira (5), primeiro dia da paralisação nacional, considerada um teste crucial para Macron e sua agenda reformista, foram registrados protestos em mais 70 cidades, assim como greves que paralisaram os transportes públicos e fecharam as escolas. Numeros oficiais falam em 800 mil franceses nas ruas.

Esta sexta-feira apresentou um cenário similar, com quase todas as viagens de trens de longa distância canceladas, e a maioria das linhas de metrô de Paris fechadas, além de centenas de voos cancelados.

Yves Veyrier, líder do sindicato FO, advertiu que a greve nos transportes pode prosseguir até segunda-feira se o governo não adotar as medidas adequadas. Para manter a pressão sobre o Executivo, os sindicatos convocaram um novo dia de greve para terça-feira.

Às 8h (hora local) de sexta-feira, as autoridades registraram 340 quilômetros de engarrafamentos nos acessos à capital. Assim como na véspera, a empresa nacional de trens SNCF cancelou 90% das viagens de longa distância e 70% dos trajetos com trens regionais.

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