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A vida não será a mesma de antes do confinamento, afirma primeiro-ministro francês

Em uma apresentação de duas horas, o primeiro-ministro francês, Edouard Phillipe, apresentou neste domingo (19) o estado atual da crise sanitária no país e deu algumas pistas do que será o cotidiano ao final do confinamento na França, em vigor até 11 de maio.

O primeiro-ministro Edouard Philippe afirmou neste domingo (19) que a vida após 11 de maio não será a mesma de antes do confinamento.
O primeiro-ministro Edouard Philippe afirmou neste domingo (19) que a vida após 11 de maio não será a mesma de antes do confinamento. © AFP - THIBAULT CAMUS
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Os franceses não terão "imediatamente e provavelmente por muito tempo" a mesma vida de antes da crise do coronavírus, alertou Philippe.

A epidemia de coronavírus matou 19.718 pessoas na França desde o início de março. Os números mais recentes mostram um declínio na evolução da crise, com progressiva queda no número de pacientes hospitalizados e internados em terapia intensiva.

Apesar de dados animadores, o primeiro-ministro fez questão de salientar que a melhora gradual não significa que os franceses podem sair às ruas e retomar a vida. "Não saímos da crise da saúde", alertou, lembrando que o sistema de saúde do país ainda tem mais leitos de UTI ocupados atualmente do que era sua capacidade máxima anterior a crise. O cuidado dos doentes só tem sido possível com o aumento do número de horas de trabalho do pessoal da saúde, o uso de voluntários e o desvio de trabalhadores de outros setores.

O primeiro-ministro destacou que, antes do fim do confinamento, os franceses devem se conscientizar “que nossa vida a partir de 11 de maio não será exatamente a vida anterior ao confinamento. Não imediatamente e provavelmente não por muito tempo", enfatizou, acrescentando que os franceses vão "aprender gradualmente a organizar nossa vida coletiva com esse vírus".

Volta gradual e com distanciamento social

Sem vacina e ainda sem um remédio que se mostre eficaz no tratamento, a volta da população às ruas deverá ser gradual e regrada por normas de distanciamento social, como o uso de máscaras nos transportes públicos e a restrição a aglomerações de pessoas. Cafés, restaurantes, cinemas e festivais devem ficar fechados muito além do 11 de maio.

Phillipe afirmou que estão sendo estudadas as condições para a retomada das aulas nas escolas francesas, anunciada pelo presidente Emmanuel Macron.

A volta às aulas não deverá acontecer no mesmo momento para todos os alunos e poderá privilegiar estudantes com baixa performance e em condições de vulnerabilidade social.

Phillipe afirmou que, nos próximos meses, o governo francês considera usar a rede hoteleira para isolar as pessoas que sejam diagnosticadas com o coronavírus e, assim, proteger sua família da contaminação.

O primeiro-ministro indicou ainda que os franceses não devem imaginar que nos próximos meses poderão organizar grandes reuniões de família, como casamentos e festas de aniversário, ou viagens para outros países.

“Eu temo que não seja razoável imaginar que poderemos viajar para algum lugar longe nos próximos tempos”, disse, detalhando que as restrições de circulação e o fechamento de fronteiras devem continuar como regra no mundo pelos próximos meses.

Até este domingo, a França registrou 12.069 mortes em hospitais (227 nas últimas 24 horas) e 7.648 em casas de repouso (168 nas últimas 24 horas). Há ainda 30.610 pessoas hospitalizadas em consequência da Covid-19, 5.744 delas em UTIs.

* Com informações da AFP

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