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Violência conjugal aumentou 16% na França em 2019 e 88% das vítimas são mulheres

A alta representa um número de 142.310 pessoas agredidas no ano passado, de ambos os sexos, segundo dados do Ministério do Interior divulgado nesta segunda-feira (16). Cerca de 88% das vítimas de violência conjugal são mulheres, o que representa cerca de 125.840 pessoas. 

Manifestação contra violência conjugal em Paris, em 2019
Manifestação contra violência conjugal em Paris, em 2019 Martin BUREAU / AFP
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A proporção é estável em relação a 2018, de acordo com os dados do Ministério, que não levou em conta os homicídios nas estatísticas. Em 2019, 146 mulheres foram assassinadas pelos seu marido ou ex-marido, 25 a mais do que no ano anterior, de acordo com dados oficiais publicados em agosto.

Essa alta, lembra o governo, também pode ser resultado do efeito positivo do chamado Grenelle das violências conjugais, um ciclo de debates de três meses sobre a violência doméstica que aconteceu em 2019 na França e reuniu ONGs de defesa dos direitos da mulher, especialistas de áreas multidisciplinares (polícia, justiça, família, infância) e familiares de vítimas.

 As discussões incitaram as mulheres a prestar queixa e denunciar os crimes e levou o governo a criar novas leis para proteger as vítimas. Entre elas, uma nova circunstância agravante para os autores de agressões que levarem ao suicídio e a noção de "controle psicológico."

Maior parte dos casos ocorre no leste do país

Os estupros e as agressões sexuais correspondem a 3% das denúncias, feitas em 98% dos casos pelas mulheres. A região de Doubs, no leste, registra o maior número de casos, como em 2018, seguida pela Côte d'Or, Côtes d'Armor, na Bretanha, e Seine Saint-Denis, nos arredores de Paris.

Em outro balanço, divulgado pelo Insee, o Instituto de Estatísticas francês, 295.000 pessoas, entre elas 213.000 mulheres, declararam ter sido vítimas de violência física ou sexual entre 2011 e 2018. Outro estudo do Ministério do Interior também mostrou que 1746 infrações foram registradas na França pelas forças de segurança em dois anos, envolvendo "ultrajes sexistas".

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