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França: na era das mudanças climáticas, candidato ecologista à presidência não convence eleitorado

Os principais jornais franceses desta segunda-feira (13) estão focados na campanha dos candidatos à presidência na França. Os eleitores do país escolherão em abril de 2022 o próximo ou a próxima chefe de Estado, mas o ecologista Yannick Jadot pena para conquistar intenções de voto. 

O candidato ecologista à presidência, Yannick Jadot, está na capa de dois dos principais jornais franceses nesta segunda-feira (13).
O candidato ecologista à presidência, Yannick Jadot, está na capa de dois dos principais jornais franceses nesta segunda-feira (13). © Fotomontagem RFI/ Adriana de Freitas
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O jornal Le Parisien estampa em sua capa uma foto do candidato do partido Europa Ecologia Os Verdes (EELV), Yannick Jadot. Ele realizou no sábado (11) o primeiro comício na pequena cidade de Laon, no norte da França, e inaugurou sua campanha que, segundo o diário, "não decola".

"Enquanto as mudanças climáticas fazem parte das principais preocupações dos franceses, o representante dos ecologistas está estagnado nas pesquisas, com entre 6% e 8% das intenções de voto", afirma a matéria.

Para os cientistas políticos entrevistados pelo diário, a intenção de Jadot de encarnar uma ecologia pragmática não convence os franceses. "Ele não conseguiu 'presidencializar' a causa ambiental", avalia Bruno Cautrès, pesquisador do Centro de Pesquisas Políticas da Sciences-Po de Paris. 

Esquerda fragmentada

O candidato ecologista também está na capa do jornal progressista Libération, que traz como manchete: "Jadot sob pressão". O diário aborda principalmente a recusa dele em se aliar à candidata socialista e prefeita de Paris, Anne Hidalgo. Na semana passada, ela convocou todos os progressistas a realizarem eleições primárias para escolher um único candidato da esquerda à presidência

Segundo o Libé, sem hesitar, vários partidos fecharam a porta à socialista, como a legenda da esquerda radical A França Insubmissa, do candidato Jean-Luc Mélenchon. Mas Jadot teria hesitado antes de ter dito não à prefeita de Paris e estaria até agora reticente, afirmam pessoas próximas de seu comitê de campanha. 

Em editorial, Libération lembra que o tempo está correndo e será preciso que a esquerda francesa se mobilize rapidamente em um momento em que a extrema direita e a direita atraem todos os holofotes. Segundo uma pesquisa de opinião recente, 66% dos simpatizantes progressistas se dizem a favor de uma candidatura única da esquerda na França.

Sucesso da direita 

O jornal conservador Le Figaro aborda a primeira semana da campanha da candidata Valérie Pécresse, do partido Os Republicanos. "Depois de seu sucesso nas primárias, todos os olhares se voltaram para ela", afirma. 

O diário destaca que, quatro dias depois de ter se lançado na corrida às eleições presidenciais, a representante republicana foi a primeira a ultrapassar o presidente Emmanuel Macron nas pesquisas de intenção de voto. Um levantamento realizado pelo instituto francês Elabe mostrou que se o segundo turno fosse hoje entre os dois, Pécresse venceria as eleições presidenciais com 52% dos votos. 

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