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França/Aviação

Agência Europeia publica diretiva após incidente com Airbus

A Agência Europeia de Segurança Aérea divulgou nesta terça-feira duas novas diretivas recomendando a troca de dois sensores que medem os ângulos de ataque e incidência nos Airbus modelos A320 e A330. A medida foi tomada depois de um incidente no voo da companhia asiática Eva Air.

Um avião da Airbus em manutenção
Um avião da Airbus em manutenção AFP PHOTO / REMY GABALDA
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As diretivas, que foram publicadas nesta segunda-feira e no início de dezembro, recomendam a troca dos sensores de ângulos de ataque e introduzem novos procedimentos em caso de uma pane similar. No voo da companhia tailandesa Eva Air, os pilotos foram obrigados a desativar o piloto automático para estabilizar a aeronave.

O A330 perdeu altitude subitamente, uma pane que teria sido desencadeada pelo congelamento dos sensores, que bloquearam todos ao mesmo tempo em fase de ascensão. De acordo com um porta-voz da Airbus, a diretiva exige uma revisão temporária do manual do A320 antes do próximo voo, que também se aplicará ao A330.  Mas a companhia Eva Air por enquanto não retirou nenhum avião de operação.

A troca dos sensores ocorrerá nos próximos três meses nos modelos A330, de acordo com um porta-voz da Airbus. O prazo para a troca no A320 ainda não estipulado. De acordo com a empresa, poucos aviões ainda estão equipados com os sensores, da marca Thales.

A Agência Europeia de Segurança Aérea esclareceu que esses sensores não têm nenhuma relação com as sondas Pitot, que culminaram na queda do voo 447 da Air France em 31 de maio de 2009, que deixou 228 vítimas. Esses equipamentos, que medem a velocidade do avião, já haviam provocado outras panes, o que levou a  Air France, meses antes do acidente a iniciar um programa de troca de uma parte das sondas da marca Thales por sensores Goodrich.

O relatório final do voo AF447 mostrou que a queda do avião foi uma combinação de fatores, que tiveram início com o congelamento do sensores Pitot. Em seguida, o desligamento do piloto automático e as falhas no computador de bordo confundiram os pilotos, que não executaram a manobra correta que poderia ter estabilizado a aeronave, que perdeu sustentação.
 

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