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França

Sarkozy é indiciado por financiamento ilegal de campanha presidencial

Após ser ouvido durante 11 horas pela Justiça nesta terça-feira (16), Nicolas Sarkozy foi indiciado por fraude ligada ao financiamento de sua campanha eleitoral em 2012. O processo pode representar um obstáculo para o ex-presidente francês, que pretende tentar se reeleger em 2017.

Nicolas Sarkozy pretende voltar a se eleger presidente da França em 2017.
Nicolas Sarkozy pretende voltar a se eleger presidente da França em 2017. REUTERS/Jacky Naegelen
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Sarkozy é suspeito de ter maquiado as contas de sua campanha eleitoral para ocultar o fato de que seu partido havia ultrapassado o limite legal de gastos, de € 22,5 milhões. O caso ficou conhecido como Bygmalion, nome da empresa que organizava os comícios da corrida presidencial em 2012 e que, em seguida, superfaturava suas prestações junto ao partido do ex-presidente, o UMP (que hoje se chama Os Republicanos). Notas fiscais falsas num valor de cerca de € 18,5 bilhões de euros teriam sido emitidas.

Vários dirigentes da Bygmalion, seu contador, assim como alguns ex-líderes do UMP, reconheceram a existência de fraude, mas nenhum deles havia envolvido até agora diretamente Sarkozy. No entanto, a investigação demonstrou que o ex-chefe de Estado exigiu e obteve, em março de 2012, mais verba para a corrida presidencial, embora, segundo seu diretor de campanha, Guillaume Lambert, estivesse ciente de uma nota do contador que advertia para o risco de exceder o máximo legal.

Em setembro de 2015, Sarkozy já havia comparecido à justiça e apontou como responsável pelas faturas falsas o então presidente do partido, Jean-François Copé, que, após as investigações judiciais, não foi acusado.

Essa não é a primeira vez que Sarkozy é indiciado

O ex-chefe de Estado sempre rejeitou as acusações, alegando não conhecer a existência do esquema Bygmalion até o momento em que o escândalo foi revelado. No livro La France pour la vie (A França para sempre, em tradução livre), publicado em janeiro deste ano, Sarkozy reafirmou que não teve envolvimento com o caso.

O ex-presidente, que já havia sido indiciado em julho de 2014, acusado de corrupção e tráfico de influência em um escândalo de escutas telefônicas, ainda pode recorrer da decisão da promotoria. Mesmo assim, o caso por ter uma incidência direta na vida política do país, já que Sarkozy se apresenta como candidato para as primárias de seu partido, visando voltar a eleger para a presidência francesa em 2017.

(com informações da AFP)

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