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Paris/turismo

Turismo continua em baixa em Paris depois dos ataques terroristas

Seis meses depois dos atentados de 13 de novembro, o turismo ainda continua em baixa em Paris. De acordo com a consultoria MKG, especializada no setor, o mês de abril foi o pior registrado na cidade desde os ataques.

A avenida Champs Elysées agora será reservada para pedestres.
A avenida Champs Elysées agora será reservada para pedestres. LIONEL BONAVENTURE / AFP
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Os hóteis da capital francesa estão vazios e sobram mesas nos restaurantes à noite. O motivo é o sumiço dos turistas estrangeiros, que diante da ameaça terrorista preferem o sul da Europa. A queda registrada no setor em Paris é de 19,6%, a menor em 15 anos, segundo o diretor da empresa MKG, Vanguelis Panayotis, especializada no setor hoteleiro. “Os atentados em Bruxelas e o risco de novos ataques atrasam a retomada do turismo”, completa Philippe Gauguier, da empresa In Extenso.

Segundo o diretor do hotel Mandarin Oriental, Philippe Lebouef, as taxas de ocupação desde o início de 2016 são bem mais baixas do que de costume: 49% em janeiro e 40% em abril. Ele diz não estar muito “otimista” em relação às próximas semanas. “Os estrangeiros desertaram Paris, principalmente os japoneses e os chineses”, declarou.

Um outro estudo, da empresa ForwardKeys, publicada em março, mostrou que o número de reservas nos hotéis parisienses teve uma queda de 22% em relação a 2015. Nem mesmo a Eurocopa, que começa no próximo dia 10 de junho, parece empolgar os turistas estrangeiros, diz Panayotis.

“Depois das dez da noite, Paris vira uma cidade morta”

Nos restaurantes, a situação é parecida. “Há menos clientes, e a partir das 22h, Paris vira uma cidade morta”, diz Roland Héguy, presidente do principal sindicato do setor, Umih. Mesmo caso das lojas de luxo, como as galerias Lafayette. Mais uma vez, a ausência dos japoneses pesa no volume de negócios. Recentemente, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, esteve em Tóquio para tranquilizar as autoridades e a população.

Os museus também registraram baixas, como o museu Orsay que teve uma queda de 8% do número de visitantes, e do Louvre, que registrou um aumento no fim de semana de Páscoa, mas mantém resultados abaixo da média.
 

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