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Terrorismo

Grupo EI divulga vídeo protagonizado por crianças francesas

Um novo vídeo de propaganda do grupo Estado Islâmico (EI) chocou a França. Na gravação, dois meninos franceses de pouco mais de dez anos contam sua experiência como membros da organização terrorista e executam dois prisioneiros dos terroristas.

Des jeunes jihadistes à l'aéroport d'Alep, le 25 janvier 2014.
Des jeunes jihadistes à l'aéroport d'Alep, le 25 janvier 2014. REUTERS/Saad Abobrahim
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O vídeo de propaganda, realizado pelos jihadistas em Alepo, no norte na Síria, lembra que o terrorismo seduz integrantes muito jovens. Na gravação, divulgada no último domingo (15), a organização mostra campos militares exclusivos para crianças. Com roupas de combatentes, os jovens aprendem a manejar fusis, armas e técnicas de luta corpo a corpo.

No material, o grupo Estado Islâmico explica que crianças também são colocadas na linha de frente dos combates. Há vários meses, os jihadistas repassam algumas missões, como a execução de prisioneiros, a seus jovens integrantes.

As duas crianças protagonistas da gravação são apresentadas como orfãs e filhos de um jihadista francês morto, até o momento, desconhecido das autoridades. Em seguida, os dois meninos executam a bala dois soldados sírios. O mais velho deles explica que quer voltar à França para realizar um atentado-suicida.

A Justiça francesa abriu uma investigação após a difusão do material para apurar a veracidade das informações. De acordo com as autoridades, a identidade dos menores ainda não foi identificada e não há confirmação sobre a nacionalidade das crianças.

Guerra psicológica

Segundo especialistas, o vídeo serve para alimentar uma guerra psicológica e intimidar "o inimigo", além de mostrar que a próxima geração de jihadistas formada na Síria e no Iraque está pronta para o combate.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), mais de 50 crianças, recrutadas como pelo grupo Estado Islâmico na Síria, morreram em combates no ano passado. O jihadista francês mais jovem morto no conflito na Síria tinha 13 anos. Ele imigrou ao país com a família, originária de Estrasburgo, no leste da França.

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