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França/Enchentes

Após pior cheia dos últimos 34 anos, nível do Sena começa a baixar lentamente

A queda do nível das águas do rio Sena se confirma neste domingo (5). Depois de atingir ontem um pico de 6,10 metros, as águas começaram a baixar lentamente, cerca de um a dois centímetros por hora, e estava nesta manhã a 5,77 metros acima do nível de referência. Mas a enchente ainda ameaça cidades da Normandia, a oeste da França, que continuam em estado de alerta laranja, o penúltimo da escala. Mesmo se há previsão de chuva neste domingo, a cheia vai continuar diminuindo e a situação em todo o país deve voltar ao normal nos próximos dias, tranquilizam as autoridades francesas.

Turistas e curiosos fotografam a estátua Zouave, na Ponte de l'Alma, que virou símbolo das enchentes em Paris.
Turistas e curiosos fotografam a estátua Zouave, na Ponte de l'Alma, que virou símbolo das enchentes em Paris. REUTERS/Pascal Rossignol
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Onze mil e 300 casas, a maioria na região parisiense, ainda estão sem luz. Em Paris, as marginais do Sena alagadas, estações de metrô, museus e uma linha de trem suburbano, situadas ao longo do rio, continuam fechadas. Apesar do material de proteção instalado às margens do Sena, porões, garagens e restaurantes das imediações ficaram inundados.

Os museus do Louvre e d'Orsay protegeram milhares de obras de arte que estavam armazenadas em seus subsolos e devem permanecer fechados até terça-feira (7). Já o Grand Palais, que também havia fechado preventivamente, voltou a funcionar neste domingo. Cerca de 300 carros que estavam bloqueados em uma autoestrada na região de Orléans, ao sul da capital, começaram a ser retirados do local esta manhã.

A cheia do rio Sena se transformou em uma atração para turistas e parisienses que registram o fenômeno na capital com seus smartphones e máquinas fotográficas. Os bombeiros pedem cautela aos curiosos, lembrando que alguns pontos continuam sendo "perigosos".

As enchentes quase atingiram o nível registrado em 1982 (6,18 metros), mas ficaram longe do fenômeno de 1910 (8,62 metros), conhecida como a cheia do século. A tendência de recuo das águas deve se acelerar no início da semana. No entanto, o nível normal só deve ser registrado dentro de cinco a 15 dias, segundo as autoridades. A Rede Ferroviária Francesa, SNCF, prevê o retorno ao normal das linhas e estações atingidas em até duas semanas.

Governo deve decretar estado de catástrofe natural

Os danos são mais graves no restante da França, onde quatro pessoas morreram e 24 ficaram feridas desde o início das enchentes há uma semana. Além disso, 20.000 moradores foram obrigados a abandonar suas casas, informou o primeiro-ministro Manuel Valls neste sábado (4). Durante visita à cidade de Romorantin (centro), o presidente Hollande se referiu à situação das cheias como uma verdadeira catástrofe.

A ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, expressou o temor de que após a redução do nível da água apareçam mais vítimas. O governo anunciou que vai decretar na próxima quarta-feira "estado de catástrofe natural" para indenizar o mais rápido possível as vítimas. As empresas de seguros calculam os danos em pelo menos € 600 milhões de euros.

Em toda a Europa as fortes chuvas deixaram até agora 18 mortos.
 

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