Macron prepara discurso para desejar bom ano novo aos franceses
O presidente francês Emmanuel Macron deve fazer um pronunciamento televisivo no domingo (31) com seus votos de ano novo para a França. Essa é uma tradição que vem sendo repetida desde seu predecessor Georges Pompidou, que a instaurou com o discurso mais breve até hoje, de apenas três minutos, em 1969.
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“Ele permanecerá focado no futuro, jamais no que já passou, e vai propor aos franceses a continuação do processo de profunda transformação em nosso país”, afirmou Christophe Castaner, porta-voz da presidência.
De acordo com Castaner, o presidente, que está de férias nos Pirenéus, trabalha em seu discurso “até o último minuto”. Pouco se sabe sobre o tom que o chefe de Estado adotará durante o evento ou se Brigitte Macron fará aparição. A equipe do governo tem guardado tudo em segredo.
Os antigos presidentes tentaram, de forma tímida, inovar: Valéry Giscard d’Estaing apareceu perto de uma lareira, ao lado de sua esposa, a quem se dirigiu até o fim. Jacques Chirac se pronunciou atrás de um púlpito. François Hollande hesitava entre ficar de pé ou sentado em um escritório vazio.
Na pauta: mudanças para 2018
O mais provável é que Macron fale dos projetos previstos para o ano seguinte. Uma de suas intenções é a reforma do seguro desemprego, que deve ser estendido aos profissionais independentes e a quem pede demissão.
Também consta em seu pacote de ações o desenvolvimento de formações profissionais e de aprendizagem e um projeto de lei para intensificar a luta contra as violências de gênero.
No nível internacional, Macron deve abordar sua ambição de reformar a União Europeia através de projetos como o “Europa da defesa”, que visa reforçar as políticas de segurança no bloco.
Bom aluno
Emmanuel Macron não deve encontrar dificuldades em apresentar um bom discurso: recentemente a França viu chegar várias boas notícias.
De outubro a novembro de 2017, houve uma redução de 0,8% no índice de desemprego. Ou seja, 29.500 pessoas deixaram de estar inscritas em listas de espera para encontrar um trabalho.
Já no plano político o presidente francês tem pouco a temer. Sua popularidade, que estava em baixa, subiu visivelmente nas sondagens, apontando que 54% dos interrogados o consideravam “um bom presidente da república”.
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