Polícia fecha duas lojas de maconha em Paris e indicia duas pessoas
A procuradoria de Paris anunciou nesta sexta-feira (29), que duas pessoas foram indiciadas por posse de drogas ilegais após batidas policiais em duas lojas no centro da capital francesa.
Publicado em: Modificado em:
Os dois réus estavam entre as quatro pessoas detidas na semana depois de uma batida da polícia antidrogas em estabelecimentos conhecidos como “coffee-shops”.
Os dois indiciados foram acusados de importar e oferecer drogas ilegais, além de “estimular o uso de narcóticos”. Um terceiro homem seria ainda interpelado por um juiz e o quarto suspeito foi libertado.
As lojas em questão afirmam que vendem produtos derivados da maconha contendo menos de 0,2%, como estipula a lei francesa, de THC, o agente psicotrópico da droga. Em seu lugar, os comerciantes franceses alegam que privilegiam o canabidiol, ou CBD, composto considerado calmante, aprovado pela legislação em voga.
Mas os procuradores dizem que as análises de duas variedades de erva à venda em uma loja indicavam níveis de THC de 0,26% e 0,55%.
Nada de derivados
Em outro estabelecimento, chamado Cofyshop, perto da Place de la République, os níveis de THC estavam sob o limite, mas procuradores alegam que a venda de maconha na forma de pólem, pó ou óleo, como fazia a loja, é proibida, mesmo se o nível de THC é zero.
As duas lojas, que vinham tendo grande sucesso de público, foram fechadas.
O governo francês anunciou planos para flexibilizar o uso da maconha, com multas podendo substituir prisões, mas continua contrário à legalização da droga.
Uma pesquisa recente apontou que 51% dos franceses são a favor de uma legalização limitada, refletindo uma tendência crescente por leis menos rígidas na Europa e nos Estados Unidos.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro