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França/Panamá

Ex-ditador Noriega deixou a França para cumprir pena no Panamá

O ex-ditador panamenho Manuel Antonio Noriega, de 77 anos, foi extraditado neste domingo da França ao Panamá, onde foi condenado a 60 anos de prisão pelo assassinato de opositores nos anos 80. O voo da companhia Ibéria deixou o aeroporto de Orly em Paris às 8h da manhã (5h da manhã em Brasília). Após escala em Madri, Noriega deve chegar ao Panamá neste domingo à noite.  

O avião com o ex-ditador panamenho Manuel Noriega deixa o aeroporto de Orly em Paris.
O avião com o ex-ditador panamenho Manuel Noriega deixa o aeroporto de Orly em Paris. Reuters/Gonzalo Fuentes
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Antes de embarcar rumo ao Panamá, o ex-ditador foi submetido a uma série de exames médicos na noite de sábado. Diante do parecer favorável a viagem, Noriega foi entregue pela Justiça francesas às autoridades panamenhas nesta manhã. Uma delegação composta por membros do ministério das Relações Exteriores do Panamá, policiais e médicos, estava em Paris há uma semana para executar os trâmites do processo para a extradição.

Detido desde 2010 na prisão parisiense Santé, o ex-dirigente panamenho havia sido condenado a uma pena de sete anos por lavagem de dinheiro do narcotráfico, mas no útimo dia 23 de novembro ele teve seu pedido de extradição para o Panamá aceito.

Essa volta ao Panamá, porém, é vista com preocupação por alguns setores políticos do país. Antigos opositores ao governo de Noriega prometem realizar um protesto contra o retorno do ex-ditador. Para acalmar os ânimos, o presidente panamenho, Ricardo Martinelli, assegurou que, ao desembarcar no seu país natal, Noriega será levado de helicóptero do aeroporto para “diretamente” para uma penitenciária. As autoridades judiciárias também declararam que ele receberá o mesmo tratamento que os demais detentos do país. Mas o tempo que ele permanecerá atrás das grades é incerto. O código penal panamenho permite que prisioneiros de mais de 70 anos permaneçam em prisão domiciliar.

No Panamá, ele foi condenado a 60 anos de prisão pelo assassinato de três opositores. Entre 1983 e 1989, Noriega dirigiu seu país com mão-de-ferro. Em 1989, uma operação militar comandada pelos  Estados Unidos depôs Noriega. Ele foi acusado pelos Estados Unidos de envolvimento com o tráfico de drogas e de financiar o cartel de Medelin. Entre 1990 e 2010, ele permaneceu detido numa prisão norte-americana.

 

 

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