Há cerca de 60 anos, os americanos Francis Crick e James Watson anunciaram uma descoberta que revolucionaria para sempre o rumo da Medicina e da ciência. No trabalho nomeado "Estrutura Molecular dos Ácidos Nucleicos", publicado em 1953 na revista Nature, os dois cientistas descreveram a estrutura em dupla hélice do DNA. A pesquisa possibilitou o sequenciamento do genoma humano, que abre a possibilidade de prevenir doenças como o câncer no futuro.
Foi graças aos avanços na genética que a atriz Angelina Jolie, por exemplo, decidiu retirar os seios depois de descobrir que tinha uma probabilidade de 87% de desenvolver um câncer de mama e 50% de ter um câncer de ovário. Sua mãe, conta, lutou durante dez anos contra a doença.
O geneticista Salmo Raskin é presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica e um dos dez cientistas brasileiros que integram o projeto Genoma Humano da Human Genome Organization - órgão internacional de pesquisa do genoma humano.
"Se a gente conhece nosso genoma, podemos saber a quais doenças estamos predispostos, podemos tomar atitudes, de mudanças de hábitos de vida, que façam com que a gente desenvolva a doença não de uma forma muito grave ou tardiamente, ou quem sabe, até nem desenvolva", diz.
Neste programa, o especialista também comenta as dificuldades da terapia gênica. Segundo ele, a Ciência ainda não conhece o material genético ao ponto de dominá-lo para corrigir os defeitos genéticos. "A terapia gênica é promissora, mas os avanços ainda são lentos."
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