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Linha Direta

França defende exceção cultural em negociação de acordo com os EUA

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O destino do setor audiovisual europeu deve ser definido nesta sexta-feira na reunião dos ministros do Comércio da União Europeia. O bloco vai decidir se concede ou não um mandato à Comissão Europeia para negociar um acordo de livre-comércio com os EUA e também definir o teor desse mandato.A França, que exige a exclusão das cotas audiovisuais das negociações do futuro acordo de livre comércio entre EUA e bloco europeu, promete usar seu poder de veto caso sua posição não seja respeitada.Graças à exceção cultural, os governos puderam e podem subvencionar o teatro, o cinema, impor cotas de difusão de filmes, músicas ou programas de TV, estabelecer os benefícios fiscais na doação de um quadro a um museu, enfim, proteger a criação artística e cultural contemporânea.A maioria dos parlamentos nacionais da União Europeia se pronunciou a favor da exceção cultural, mas Alemanha e Grã-Bretanha continuam resistindo. A classe artística pressiona para que a indústria audiovisual fique de fora destas negociações. Quase 7.000 artistas, cineastas, roteiristas e nomes de peso como Wim Wenders, Michael Haneke, Pedro Almodóvar, Costa Gavras, Michael Hazanavicius, Ken Loach, Stephen Frears e o americano David Lynch assinaram um abaixo-assinado.No mês passado, na cerimônia de encerramento do último Festival de Cannes, o presidente do júri, Steven Spielberg também deu o seu apoio. A classe musical também protesta. Encabeçados pelo cantor francês Charles Aznavour, 500 músicos assinaram uma petição.A correspondente da RFI em Bruxelas, Letícia Fonseca, comenta sobre o que está em jogo na negociação entre europeus e os Estados Unidos.

Cartaz do filme francês, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, 2001
Cartaz do filme francês, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, 2001 Divulgação
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