Esplanada das Mesquitas reabre para oração semanal muçulmana
A Esplanada das Mesquitas foi reaberta na madrugada desta sexta-feira (31) para a grande reza semanal dos muçulmanos. Ontem, o governo israelense tomou a decisão raríssima de fechar o local sagrado em Jerusalém Oriental, diante da escalada de tensão entre palestinos e a polícia.
Publicado em: Modificado em:
Apesar da reabertura, as forças de ordem de Israel optaram por proibir o acesso à Esplanada aos homens com menos de 50 anos. Eles não poderão, portanto, participar da reza, prevista para o fim da manhã.
Centenas de policiais patrulham as ruas de Jerusalém Oriental hoje. A freqüentação na região da Esplanada é controlada por forças de ordem. Os turistas, que geralmente são numerosos no bairro muçulmano, quase não eram vistos nessa manhã.
Desde 1967, quando Jerusalém Oriental foi ocupada e anexada, essa foi a primeira vez que Israel decidiu fechar o acesso ao local, um dos três mais importantes para o Islã, mas que também é venerado por judeus.
Tensão
Depois de vários dias de tensão, a situação na cidade se degenerou mais ainda na quarta-feira (29), depois de uma tentativa de assassinato de Yehuda Glick, um dirigente da direita judaica ultranacionalista.
O suposto agressor, o palestino Muataz Hijazi, foi morto pela polícia em sua casa, na manhã de ontem e, logo em seguida, houve uma série de confrontos entre jovens palestinos e forças de ordem.
Na madrugada de quinta para sexta-feira, a situação se acalmou um pouco. Houve apenas algumas manifestações esparsas e três palestinos foram presos. Mas Israel sabia que, se não abrisse a Esplanada das Mesquitas para a prece semanal, a relativa paz poderia desaparecer rapidamente.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro