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Noruega/ Terrorismo

Autores de atentado a jornal dinamarquês são condenados

O tribunal de Oslo condenou hoje dois homens por terem planejado, com a colaboração da rede terrorista Al Qaeda, um ataque contra o jornal dinamarquês que havia publicado caricaturas do profeta Maomé, em 2005. Os réus - um norueguês de origem chinesa e um curdo iraquiano – foram punidos com 7 anos e 3 anos e 6 meses de prisão, respectivamente, pelo ataque ao diário Jyllands-Posten, que publicou as sátiras.

Um dos acusados, o curdo iraquiano Shawan Sadek Saeed Bujak, foi condenado a três anos e meio de prisão.
Um dos acusados, o curdo iraquiano Shawan Sadek Saeed Bujak, foi condenado a três anos e meio de prisão. REUTERS/Stian Lysberg Solum/Scanpix
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É a primeira vez que a Justiça norueguesa pronuncia uma condenação por “complô em vistas a cometer ato terrorista”. Presos em julho de 2010, Mikael Davud, 40 anos, e Shawan Sadek Saeed Bujak, 38, organizaram o atentado a explosivos contra o jornal e planejavam matar o cartunista Kurt Westergaard, autor do polêmico desenho em que uma caracterização de Maomé aparece com um turbante em formato de bomba. Na época, a publicação dos trabalhos provocou uma forte controvérsia e protestos de muçulmanos, já que qualquer representação de Maomé é proibida pela religião.

A procuradoria havia pedido 11 e cinco anos para os acusados. A pena máxima para condenados por atos terroristas é de 12 anos no país. O terceiro acusado no caso, o uzbeque David Jakobsen, que colaborou com as autoridades norueguesas, recebeu uma pena menor de quatro meses por comprar a substância que seria usada para fabricar uma bomba. Os três homens se disseram inocentes da acusação.

"O tribunal não tem dúvidas de que Davud tomou a iniciativa e de que era o principal responsável. Ele mesmo deveria se encarregar da colocar os explosivos", disse o juiz Oddmund Svarteberg, ao ler a sentença. Ele também considerou que o homem planejou o ataque com a colaboração da rede terrorista Al Qaeda, depois que os serviços de inteligência noruegueses concluíram que o acusado realizou um treinamento para fazer bombas no Paquistão, entre 2008 e 2010.

Nos últimos anos, os policiais da Dinamarca e de outros países frustraram várias tentativas de atentado contra o Jyllands-Posten e o desenhista Kurt Westergaard.
 

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