Acessar o conteúdo principal
Iraque/Violência

Iraque executa quatro integrantes da Al-Qaeda

O Iraque anunciou ter executado nesta segunda-feira, 1° de abril de 2013, quatro integrantes da Al-Qaeda, incluindo o ex-chefe da rede terrorista em Bagdá. Com isso, já chega a 22 o número de execuções realizadas no país desde o início deste ano, apesar dos apelos da comunidade internacional por uma moratória.Um atentado contra a polícia municipal de Tikrit, ao norte da capital, deixou ao menos nove mortos.

Um veículo queimado é retirado do local de um atentado a bomba em Bagdá, na última sexta-feira, 29 de março de 2013.
Um veículo queimado é retirado do local de um atentado a bomba em Bagdá, na última sexta-feira, 29 de março de 2013. Reuters
Publicidade

"Esses terroristas foram executados por enforcamento. Eles realizaram ataques criminosos contra o povo iraquiano, sobretudo em Bagdá e na província ocidental de Anbar", disse o ministério da Justiça em um comunciado.

O chefe da Al-Qaeda em Bagdá, Manaf Abdel Rahim al-Rawi, foi preso em março de 2010. Na época, o comando militar da capital afirmou que esse iraquiano nascido em Moscou em 1975 havia aderido à Al-Qaida em 2003, logo após a queda de Saddam Hussein, e havia se tornado "governador" de Bagdá em 2008.

Ele teria supervisionado os atentados contra os ministérios iraquianos das Finanças e das Relações Exteriores em agosto de 2009 que fizeram 106 mortos e 600 feridos.

Segundo as informações da agência France Presse, o Iraque executou 22 pessoas desde o início do ano. Dezoito condenados foram executados nos dias 14 e 17 de março por "atividades terroristas". Em 2012, Bagdá realizou 129 execuções.

No mês passado, o ministro da Justiça Hassan al-Chammari garantiu que o Iraque não pretende parar com as execuções. Por sua vez, a Al-Qaeda no Iraque explicou que a onda de atentados antixiitas que fez 56 mortos no dia 19 de março deveria ser considerada como uma "vingança" por todas as pessoas "executadas" pelas autoridades iraquianas.

As execuções realizadas pelo Iraque provocam regularmente o estupor da comunidade internacional. A missão da ONU no Iraque, a Grã-Bretanha, a União Europeia e as ongs Anistia Internacional e Human Rights Watch já fizeram vários apelos para que Bagdá adote uma moratória.

Violência

Um atentado suicida com um caminhão-bomba contra o quartel-geral da polícia municipal deixou nesta segunda-feira nove mortos e 28 feridos em Tikrit, uma cidade situada a cerca de 160 km ao norte de Bagdá.

Tikrit, um bastião do ex-ditador Saddam Hussein, é a capital de uma das províncias mais violentas do país, onde os rebeldes sunitas, incluindo integrantes da Al-Qaeda, realizam ataques quase cotidianos.

Sofrendo de uma instabilidade política crônica, o Iraque viu a violência aumentar nas últimas semanas. Somente em março 271 pessoas morreram e 906 ficaram feridas em atentados e assassinatos em todo o país.

Essa intensificação dos episódios de violência acontece pouco antes das eleições locais marcadas para o dia 20 de abril. Onze candidatos, todos sunitas, já morreram em atentados desde o início da campanha.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.