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Síria/Crise

Confito sírio já deixou mais de 94 mil mortos, diz Ong

Mais de 94 mil pessoas morreram na Síria desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, de acordo com um novo balanço divulgado pelo Observatório sírio de Defesa dos Direitos Humanos. No plano diplomático, o governo sírio disse esperar "detalhes" da Conferência sobre a Síria proposta por Rússia e Estados Unidos para decidir sobre sua participação.  

Troca de tiros entre rebeldes e força governamental em Deir al-Zor, 13 de maio de 2013
Troca de tiros entre rebeldes e força governamental em Deir al-Zor, 13 de maio de 2013 REUTERS/Khalil Ashawi
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“Segundo nossas informações, o número de mártires e mortos desde o início da revolução síria supera 94 mil”, afirma a Ong em um comunicado que se baseia em dados fornecidos por fontes médicas e militares.

A organização diz ainda que não dispõe de informações sobre mais de 10 mil pessoas detidas nas prisões do regime e de cerca de 2.500 membros das forças pró-regime nas mãos dos rebeldes.

No domingo, a Ong tinha informado que o conflito havia deixado mais de 82 mil mortos desde março de 2011.

Conferência

O regime sírio disse hoje querer conhecer os "detalhes" da Conferência de paz proposta pelos Estados Unidos e pela Rússia antes de decidir se irá ou não participar do evento.

Em entrevista à rede de tevê do Hezbollah libanês, aliado de Damasco, o ministro sírio da Informação, Omrane al-Zohbi, disse que a participação da Síria “está diretamente vinculada aos detalhes (da conferência)”. Ele confirmou que a chancelaria do país mantém contatos sobre o assunto, mas não deu detalhes.

Washington e Moscou decidiram propor a organização de uma conferência internacional reunindo o regime e seus opositores para encontrar uma solução política, como estipulado pelo acordo concluído em Genebra, no dia 30 de junho de 2012 entre as grandes potências. Mas o destino do presidente Bashar al-Assad não foi evocado.

Na entrevista ao canal do Hezbollah, o ministro al-Zohbi disse que o futuro de al-Assad deve ser decidido pelo povo sírio. Ele lembrou ainda que Damasco se recusa a discutir a saída do presidente, condição exigida pela oposição para dialogar com os representantes do regime.

Um grupo de oposição tolerado pelo governo e baseado na Síria confirmou sua intenção de participar da conferência. “ Russos e americanos nos falaram da necessidade de participar da Conferência e dissemos que estamos prontos”, declarou Rajaa Nasser, responsável pelo Comitê Nacional de Coordenação para a mudança democrática.

A Coalizão da oposição síria deve discutir no dia 23 de maio, em uma reunião em Istambul para discutir a proposta de americanos e russos e decidir se vai participar do evento.

O secretário norte-americano John Kerry anunciou nesta terça-feira que a Conferência Internacional deve acontecer no início de junho, mas a data definitiva será anunciada pela ONU. Ele aproveitou para desmentir as informações de que as autoridades sírias não tinham intenção de participar do evento.

“Se ele decide de não se sentar à mesa (de negociação), será um outro erro grosseiro do presidente Assad. Creio que não e o caso no momento”, disse Kerry durante uma entrevista coletiva em Estocolmo, onde se encontra em visita oficial.
 

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