Premiê tailandesa propõe referendo e deputados da oposição se demitem
A crise política tailandesa ganha contornos tumultuados neste domingo, às vésperas de uma nova manifestação contra o governo na capital Bancoc. A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, propôs neste domingo um referendo para tentar uma solução para a crise. Logo em seguida, o principal partido da oposição anunciou a demissão de seus deputados.
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Os manifestantes já indicaram que não vão se satisfazer com eleições, provocando um impasse que traz o temor da escalada da violência após semanas de violentos confrontos na semana passada.
A estratégia do Partido Democrata ao pedir a demissão conjunta de seus deputados logo após o paelo de Yingluck é que dessa forma o governo seria considerado ilegitmo
Bancoc se prepara para novas manifestações nesta segunda, convocadas pelo principal líder do movimento, Suthep Thaugsuban, ex-líder do Partido Democrata, a fim de derrubar o governo e substitui-lo por um “conselho do povo” não-eleito.
Rejeição a Thaksin
Os manifestantes querem também se livrar do que chamam de “sistema Thaksin”. A oposição contesta há várias semanas a autoridade da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, acusando-a de ser manipulada por seu irmão, o ex-premiê Thaksin Shinawatra, exilado em Dubai para escapar a dois anos de prisão. Ele foi derrubado por um golpe de Estado em 2006 e condenado por abuso de poder.
A cólera dos manifestantes foi provocada por um projeto de lei de anistia, que poderia permitir o retorno de Thaksin.
O movimento ganhou amplitude no final de novembro com a ocupação de vários ministérios e prédios da administração. Houve até tentativa de tomar o palácio presidencial.
Os protestos têm a participação de uma aliança heterogênea, formada por burgueses de Bancoc próximos aos Democratas e por grupos ultra monarquistas. O que os une é o ódio a Thaksin.
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