EUA vão apoiar Iraque contra Al Qaeda, mas sem envio de tropas
Os Estados Unidos vão fornecer suporte ao governo do Iraque e às tribos que lutam contra rebeldes ligados à Al Qaeda na província de Anbar, dominada por muçulmanos sunitas e que faz fronteira com a Síria. Mas sem o envio de tropas, acrescentou neste domingo, o secretário de Estado americano, John Kerry, durante coletiva em Jerusalém, ao encerrar viagem de três dias pelo Oriente Médio. O domingo foi movimentado para Kerry, que foi à Arábia Saudita e à Jordânia, para conversar com os respectivos monarcas sobre o conflito israelo-palestino, passando por Jerusalém depois, para em seguida embarcar para os EUA.
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Militantes islâmicos ligados à Al Qaeda e guerrilheiros tribais assumiram o controle de Ramadi e Falluja, as principais cidades da província de Anbar, desafiando o governo xiita do Iraque. Tropas oficiais e líderes tribais aliados tentam retomar a província.
Kerry disse que os EUA estão preocupados com o que se passa em Anbar, principal centro de resistência contra os EUA, após a invasão do Iraque pelos norte-americanos em 2003. O secretário de Estado deixou claro que os EUA não vão enviar tropas de novo ao Iraque. "Esta é uma luta que pertence aos iraquianos", disse.
O representante americano não quis dar detalhes sobre a ajuda que os EUA vão prestar ao governo do premiê iraquiano, Nuri al-Maliki.
Conflito israelo-palestino
Em relação à iniciativa de paz para o Oriente Médio, o principal motivo dessa décima viagem de Kerry à região desde março, ele declarou ter conseguido o apoio da Arábia Saudita. O rei Abdullah ‘apoia nossos esforços e acha que podemos ter êxito nos próximos dias’, relatou sobre o encontro de três horas com o soberano. Kerry também se reuniu neste domingo com o outro rei Abdullah, da Jordânia, país que assinou acordo de paz com Israel e tem fronteira com a Cisjordânia.
Kerry reabriu as negociações de paz entre israelenses e palestinos em julho de 2013, depois de três anos suspensas. "O caminho está mais claro, o quebra-cabeça está sendo montado e as decisões difíceis que faltam ser tomadas são mais evidentes para todos, mas isso leva tempo", disse, após três dias de encontros com representantes israelenses e palestinos.
Kerry apresentou aos dois lados um projeto de acordo, no qual se traçam as linhas gerais de um documento definitivo sobre as fronteiras, a segurança, o status de Jerusalém e o futuro dos refugiados palestinos.
Mas o texto ainda deve enfrentar muita oposição. Israel rejeitou a proposta dos Estados Unidos para garantir a segurança no vale do Jordão, na fronteira entre a Cisjordânia e Jordânia, onde Israel tem a intenção de manter uma presença militar no caso de um futuro Estado palestino.
Os palestinos, por sua vez, insistem no fim da ocupação de seu território, mas aceitam o envio de uma força internacional, uma opção rejeitada por Israel, que também exige que o Estado palestino seja desmilitarizado.
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