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Síria/Conflito

Negociações sobre Síria terminam sem avanços e data para retomada do diálogo

O mediador da ONU para o conflito na Síria, Lakhdar Brahimi, anunciou neste sábado (15), em Genebra, na Suíça, o fim das discussões entre a oposição e o governo sírio visando o fim do conflito no país. Diante das grandes divergências entre os dois campos e ao contrário do que era esperado, nenhuma data para a retomada das negociações de paz foi anunciada.

O mediador da ONU, Lakhdar Brahimi, na sede das Nações Unidas em Genebra neste sábado, 15 de fevereiro de 2014.
O mediador da ONU, Lakhdar Brahimi, na sede das Nações Unidas em Genebra neste sábado, 15 de fevereiro de 2014. REUTERS/Denis Balibouse
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Lakhdar Brahimi encerrou as discussões em Genebra depois que os representantes do regime sírio rejeitaram a ordem do dia. “É melhor que todo mundo volte para casa, faça uma reflexão sobre suas responsabilidades e diga se quer que este processo continue ou não”, explicou o mediador da ONU.

A segunda rodada das negociações da Conferência de Genebra 2, iniciada na última segunda-feira, estava prevista para terminar neste sábado, e deveria fixar uma data para a retomada do diálogo. A divergência entre a oposição e o governo impediu qualquer avanço. Brahimi preferiu suspender as discussões por tempo indeterminado e pediu desculpas ao povo sírio pela decepção.

Divergências

O governo sírio considera o terrorismo o tema mais importante a ser tratado. Para a oposição, a prioridade é a autoridade do governo de transição. O mediador da ONU declarou que propôs discutir os dois temas, mas os representantes do regime recusaram.

O porta-voz da oposição em Genebra, Luai Safi, afirmou que uma terceira rodada de discussões sem abordar a transição política seria uma perda de tempo. “O regime não é sério. Nós não estamos aqui para negociar o acordo de Genebra, mas para aplicá-lo”, disse Safi.

O plano político para superar o conflito sírio foi adotado em junho de 2012 pelas grandes potências internacionais. Ele prevê um governo de transição com plenos poderes executivos. Damasco considera que isso poderia privar o presidente Bashar al-Assad de seus poderes e por isso emperra as negociações.

Conflito

O conflito armado na Síria fez mais de 140 mil mortos em quase três anos, informou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Quase 50 mil vítimas são civis. Segundo a ONG, o balanço real de mortos no conflito é muito superior, mas impossível de determinar com precisão.
 

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