China pede para Obama cancelar encontro com Dalai Lama
Barack Obama vai receber o Dalai Lama nesta sexta-feira (21) em Washington. A notícia provocou críticas da parte das autoridades chinesas, que pediram para o presidente norte-americano cancelar a reunião com o líder tibetano. Pequim afirma que o encontro representa uma ingerência em seus assuntos internos.
Publicado em: Modificado em:
O governo chinês pediu que Washington renuncie imediatamente ao encontro entre Barack Obama e o Dalai Lama. Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, o ministério chinês das Relações Exteriores diz se opor fortemente ao encontro, que teria “consequências negativas graves”, e pede para a Casa Branca "cancelar imediatamente a reunião”.
Em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira, a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, disse que o Dalai Lama é um exilado político engajado em atividades separatistas camufladas pela religião. “Pedimos aos Estados Unidos que não ofereçam em seu território uma plataforma para essas atividades”, insistiu a representante de Pequim.
A porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, Caitlin Hayden, explicou que Obama se encontrará com Dalai Lama na sua "qualidade de um respeitado líder religioso e cultural”. A representante norte-americana também ressaltou que Washington reconhece que o Tibete faz parte do território chinês, mas que os Estados Unidos estão “preocupados com as tensões e a deterioração da situação dos direitos humanos na região”.
Essa não é a primeira vez que a China contesta a passagem do Dalai Lama pelos Estados Unidos. Em junho de 2011, quando Obama recebeu o líder tibetano, Pequim também alegou ingerência e pediu, sem sucesso, que o encontro fosse cancelado.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro